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FÁBIO

SÂNDoLI DE BrITo

Formado em 1962 pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo,

especializou-se em Arritmias, Ergometria e Cardiologia do Exercício. Desde 1990,

é membro das Sociedades Paulista de Cardiologia e Brasileira de Cardiologia,

tendo ocupado vários cargos em ambas. Atualmente, é o coordenador da

Comissão Nacional de Honorários Médicos (CNHM) da AMB, uma das mais

importantes da entidade. Sândoli concedeu a seguinte entrevista ao Jamb.

Como é, atualmente, o processo para a inclusão

ou exclusão de procedimentos na CBHPM?

Para quem a sociedade de especialidade

deve encaminhar sua solicitação?

Sândoli –

A atual CNHM criou uma rotina (planilha)

para as solicitações de inclusão, modiicações e

exclusão de procedimentos na CBHPM. A AMB

somente aceita encaminhamentos das sociedades

de especialidade e nunca de associados isolados

ou de departamentos das sociedades.

Qual é a função principal da CNHM?

Sândoli –

A CNHM analisa as solicitações e

veriica se elas se enquadram nos itens contidos na

planilha. Em caso positivo, recebem um parecer

da CNHM e são encaminhadas à Câmara Técnica

da CBHPM, que decidirá – por consenso de

seus membros, incluindo os representantes das

operadoras – se vale a aceitação, rejeição ou sugestão

de modiicações para aquela solicitação especíica.

Como é a nova sistemática da CNHM e da

Câmara Técnica Permanente da CBHPM?

Sândoli –

A base de tudo é a elaboração, pela

sociedade de especialidade, de um documento

seguindo, rigorosamente, todos os itens da planilha,

que foi amplamente divulgada pela AMB e enviada

a todas as sociedades de especialidade. A planilha

pode, também, ser solicitada pelo e-mail cbhpm@

amb.org.br . Com uma documentação econômica e

técnico-cientíica bem elaborada, o encaminhamento

para a Câmara Técnica será, com certeza, tranquilo,

facilitando o processo de aprovação e, em especial,

de aceitação das operadoras dos planos de saúde.

Como a diretoria de Economia Médica da

AMB se inter-relaciona com a CNHM?

Sândoli –

A atual diretoria de Defesa Proissional,

analisando as sistemáticas até então usadas nos

encaminhamentos da especialidade, detectou dois

pontos importantíssimos e que representavam

obstáculos para o bom andamento e a aprovação

dos trabalhos na Câmara Técnica. Um era o impacto

econômico de um novo procedimento, assim como

estudos para justiicarem a classiicação em um

determinado porte da CBHPM ou a mudança de

porte de um procedimento já existente. Por esse

motivo, na CBHPM, temos um representante da

Economia Médica que analisa e opina, além de, se

necessário, sugerir à Sociedade que contrate experts

no assunto para a elaboração do estudo econômico

que irá embasar uma determinada solicitação.

Poderia também explicar se há inter-relação entre

as Câmaras Técnicas da CBHPM e de Avaliação de

Tecnologias, e como elas auxiliam a CBHPM?

Sândoli –

A Câmara Técnica de Novas Tecnologias

pode receber diretamente encaminhamentos das

Sociedades de Especialidade ou receber consultas

da CNHM, quando, é claro, a solicitação se referir

à incorporação de uma nova tecnologia. As duas

Câmaras se completam e colaboram para a emissão

de pareceres que permitam a inclusão na CBHPM.

Como funcionará o sistema de construção

de diretrizes para a utilização na CBHPM?

Será prerrogativa exclusiva da AMB?

Sândoli –

Como citamos, existiam pontos

nevrálgicos nos encaminhamentos das

reivindicações. Um seria a parte econômica,

já comentada, o outro, a informação sobre

diretrizes e literatura cientiica, respaldando

o novo procedimento ou mudanças em algum

já existente. Até recentemente, era comum

um pedido vir respaldado por uma série

de trabalhos que convergiam para bons

resultados, não citando ou analisando

o conjunto da literatura favorável e desfavorável.

A diretriz deve vir na forma PICO (População,

Intervenção Comparação e Outcome –

Desfecho) e ter as bases da informação

cientíica consultadas, as estratégias

de busca utilizadas em cada base utilizada,

o número de trabalhos recuperados e os

critérios de inclusão e exclusão de trabalhos

que compuseram as conclusões e sugestões.

Arquivo pessoal

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JAMB

MAIO/JUNHO

2013