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GILBERTO

NATALINI

Médico cirurgião-geral, formou-se pela Escola Paulista deMedicina da Universidade Federal de São

Paulo em1975 e especializou-se emgastrocirurgia. Foi eleito vereador emSão Paulo, pela primeira vez,

no ano 2000. Durante omandato, apresentou 249 projetos e aprovoumais de 90 leis de impacto para

a cidade. Também já ocupou a pasta da SecretariaMunicipal de Participação e Parceria de São Paulo,

foi secretário de saúde deDiadema e presidiu oConselho de SecretáriosMunicipais de Saúde do Estado

de São Paulo, entre outros cargos públicos. Gentilmente, concedeu a seguinte entrevista ao Jamb.

O que o sensibilizou a encampar com

tanto empenho e dedicação a campanha

da AMB por mais verbas para a saúde?

Natalini –

Trabalho com a saúde pública desde

os tempos da Escola Paulista de Medicina,

no início da década de 1970. Participei

de todas as lutas, particularmente pela

implantação do Sistema Único de Saúde

(SUS). No ano 2000, fui eleito vereador e dei

continuidade ao comprometimento com a

construção do SUS, com o inanciamento

e atendimento justo para a população e

com o tratamento digno para os médicos

e demais funcionários da saúde.

Esse é o meu compromisso de vida.

Desde que assumiu o mandato

como vereador, quais foram suas

principais ações na área da saúde?

Natalini –

Como vereador, participei da

Comissão de Saúde da Câmara, como presidente

e vice, e de subcomissões, em que apresentei

diversos projetos de lei beneiciando o setor.

Em 2001, ajudei a fazer a transição do

Programa de Atenção à Saúde (PAS) para

o SUS, trabalhando para habilitar a cidade

no sistema, além de outras ações políticas e

administrativas para melhorar o inanciamento

e a gestão dos serviços. Tivemos vitórias

parciais, é verdade, mas todas visando ao

avanço e à consolidação do SUS na cidade.

Suas ações também são dirigidas à área do

meio ambiente. Quais as mais importantes?

Natalini –

Para mim, as áreas de meio ambiente

e saúde são irmãs gêmeas. A saúde necessita

de um espaço preservado, e o meio ambiente

tem relação com as consequências boas ou ruins

da saúde humana e dos demais seres vivos.

Descobri isso faz muitos anos. No Conasems

[Conselho Nacional de Secretarias Municipais

de Saúde], no meu exercício da presidência,

criamos a Rede de Municípios Saudáveis das

Américas, com sede aqui no Brasil, durante

um Congresso em Québec, no Canadá. Hoje,

temos vários municípios que se enquadram

nessa rede no Brasil, como Sorocaba, Limeira,

entre outros. Defendem esse conceito

na relação entre saúde pública e preservação

da natureza. Saúde e meio ambiente são

duas questões aparentemente distintas, mas

que têm um caminhar paralelo e integrado. Não

podem caminhar uma sem a outra. Na Câmara,

dedico 50% do meu tempo à saúde, e os outros

50%, aos projetos envolvendo o setor de meio

ambiente. Na saúde, a ideia é resguardar

a dignidade dos médicos e demais funcionários,

de forma a oferecer um serviço de boa

qualidade aos usuários; e no meio ambiente,

é preservar o passivo ambiental, além de

construir leis e adotar atitudes práticas, visando

a tornar São Paulo uma cidade mais sustentável.

Há algo mais que gostaria de destacar?

Natalini –

Quero ressaltar a importância

da Associação Médica Brasileira e das demais

entidades do setor na luta pela saúde do povo

brasileiro. Se as coisas têm avançado, isso se deve,

em grande parte, ao esforço das nossas lideranças

médicas, tendo a AMB como carro-chefe. Reconheço

na Associação, no Conasems e no Conselho Federal

de Medicina aqueles que lideram o movimento pelo

Sistema Único de Saúde com o intuito de fazê-lo

atender, cada vez mais, a população. Reconheço

neles, também, a liderança técnica e cientíica

pelas sociedades de especialidade, para

qualiicar o proissional e a prática da medicina

no Brasil. Para mim, as entidades médicas

e a AMB são faróis, guias pelos quais eu

oriento a minha atividade política e, inclusive,

a minha atividade prática – por exemplo,

a iniciativa de criar, na cidade de São Paulo,

um abaixo-assinado para ingressar com o

projeto de lei de iniciativa popular, visando

a garantir a destinação de 10% do orçamento

federal para o Sistema Único de Saúde.

Arquivo pessoal

MAIO/JUNHO

2013 •

JAMB

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