MAIO/JUNHO 2012
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entrevista
GeraldoMotta
Foto: Divulgação SBOT
O ortopedista carioca Geraldo Motta Filho assumiu a presidência da
Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) em janeiro
deste ano, quando também completou 25 anos de trabalhos associativos. Fez
residência no “Royal National Orthopaedic Hospital”, da Universidade de
Londres. No Brasil, presidiu a regional do Rio de Janeiro da SBOT, o Comitê
Brasileiro de Trauma Ortopédico, a Comissão de Educação Continuada,
e atualmente é o diretor-geral do Instituto Nacional de Ortopedia e
Traumatologia – INTO. Ele concedeu a seguinte entrevista ao Jamb.
AIO/JUNHO 2012
Quais serão suas metas princi-
pais durante sua gestão?
Geraldo Motta
– Nossas princi-
pais metas são o apoio e incentivo
às regionais e aos comitês de subes-
pecialidades e uma atenção dire-
ta ao associado através de novos
projetos e atividades educacionais.
Vamos nos dedicar aos assuntos
que estão sendo mais solicitados
pelos nossos associados. Exemplo
disso é o formato do nosso grande
Congresso Brasileiro de Ortopedia
e Traumatologia (CBOT). Neste
ano, vamos tornar o formato do
CBOT em uma atividade mais atra-
tiva, essencialmente interativo, com
nova dinâmica dos temas livres,
área de apresentação de vídeos de
técnicas cirúrgicas, acompanhan-
do a necessidade de atualização
de todos. A Defesa Profissional
também será bastante trabalhada.
Através de exemplos bem-sucedi-
dos de colegas ortopedistas, a SBOT
está preparando um programa de
palestras, a serem apresentadas em
seu programa “online” de educa-
ção continuada que irão levar esses
exemplos para os outros estados
brasileiros. Os colegas que tive-
ram êxito em suas ações poderão
ensinar o melhor modelo a seguir,
como obter melhores condições de
trabalho e etc.
Quais as principais ações da
SBOT previstas para 2012?
Geraldo Motta
– Basicamente
são: a mudança do formato do 44º
CBOT para deixá-lo mais atrativo
aos ortopedistas; aulas “online”
de defesa profissional; amplia-
ção do espaço de participação do
associado na discussão das ques-
tões importantes para sua atuação
profissional nos estados brasilei-
ros; fórum de preceptores, que
discutirá aspectos ligados à forma-
ção dos nossos residentes ainda no
primeiro semestre (junho), com
o intuito de que os preceptores
tenham mais tempo de multiplicar,
no segundo semestre, o conheci-
mento adquirido.
Qual é o número de associados
da SBOT atualmente e quantas
regionais existem no país?
Geraldo Motta
– Atualmente a
SBOT tem uma regional em cada
Estado do país. Ao todo, são 27
regionais e o total geral de sócios
é de 11.834.
Quantos especialistas exis-
tem hoje no Brasil? Esse número
é suficiente para atender a nossa
população?
Geraldo Motta
– A SBOT
não tem essa informação, pois o
grupo de não membros que exer-
cem a especialidade não é de nosso
conhecimento.
A AMB desenvolve atualmen-
te vários programas de Educação
Médica Continuada, além de uma
série de diretrizes clínicas. Há
intenção da SBOT em participar
de alguma forma desses projetos?
Geraldo Motta
– Estamos
abertos para propostas da AMB. A
SBOT já participou desses projetos
e gostaria de continuar participan-
do. A confecção de uma diretriz
é de extrema importância para a
orientação do nosso associado.
Florentino Cardoso, recém-
eleito presidente da AMB, afir-
mou que durante o seu mandato
pretende atuar em sintonia com
as Sociedades de Especialida-
de visando o fortalecimento da
classe médica brasileira. Como a
SBOT pode contribuir com isso?
Geraldo Motta
– Florenti-
no Cardoso, na época candidato
à presidência da AMB, visitou a
SBOT. A nossa instituição também
visa o fortalecimento da classe
médica e está disposta a atuar em
projetos de melhoria da atuação
do médico tanto do ponto de vista
de condições de trabalho, como
em educação. Estamos abertos a
contribuir com a AMB nos proje-
tos definidos como úteis à classe
médica brasileira.
Gostaria de acrescentar algo?
Geraldo Motta
– Como já disse
em um editorial, “a consciência
coletiva dos ortopedistas brasilei-
ros fez da SBOT uma instituição
respeitada e, reconhecidamente,
uma das sociedades médicas mais
atuantes na discussão das políti-
cas de saúde no nosso país, da qual
todos os ortopedistas brasileiros
podem (e devem) se orgulhar”.