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MAIO/JUNHO 2012

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é possível reservar e efetivar a compra em até 48 horas,

com o assento garantido e valor de tarifa inalterado. Até

quatro passageiros adultos (acima de 12 anos), além do

médico titular, podem utilizar o benefício na mesma

reserva”. Ele citou ainda as parcerias com o Itaú para

aquisição de planos de previdência privada e com o Citi-

bank para abertura de contas.

Outro tópico foram as conversas com operadoras

de planos de saúde em virtude de projetos de interesse

comum. “Desde que exista respeito aos aspectos éticos,

manteremos o diálogo com todos. Não há dinheiro no

mundo que nos fará sair do caminho da retidão”.

Cardoso informou que entre 16 e 19 de outubro de

2013, Fortaleza (CE) sediará a Assembleia Geral da

WMA. “É ummomento muito significativo porque o José

Luiz Gomes do Amaral, ex-presidente da AMB, encerra-

rá o ciclo de atividades no Conselho da WMA. A organi-

zação será nossa, por isso queremos ouvir sugestões para

construirmos juntos esse evento”, disse Cardoso.

Um dos temas que mais gerou debates calorosos foi

a Medida Provisória 568/2012 que trata de alterações

em planos de carreira, tabelas salariais e gratificações

para dezenas de categorias em diversos órgãos públicos.

Exclusivamente no caso dos médicos essa medida terá

impacto negativo. “Sem nenhum debate prévio com as

entidades da classe médica, no meio do texto, nos artigos

de 42 a 47, as tabelas salariais de todos os médicos civis

do serviço público federal foram reduzidas em 50%”,

explicou Jurandir Turazzi, diretor de Defesa Profissional.

Foi unânime a decisão pela redação de uma nota

de repúdio à MP assim como de nota oficial da AMB a

respeito do assunto (veja na pág.13).

Também foi discutida a Instrução Normativa 49 da

Agência Nacional de Saúde Suplementar, que regula-

menta a forma e a periodicidade de reajuste dos contra-

tos de prestação de serviço entre médicos e operadoras

de saúde. “Essa instrução não contempla o desejo dos

médicos. Nos próximos 180 dias, prazo máximo para

adequação por parte das empresas, devemos mostrar

nossa capacidade de organização. O contrato de cada

profissional é individual, mas pode ser negociado cole-

tivamente. Tanto a Secretaria de Direito Econômico

como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica

reconhecem a legitimidade das negociações feitas entre

entidades médicas e operadoras”, finalizou o diretor de

Defesa Profissional.

Durante o encontro foi aberto espaço para Anibal

Cruz, ex-presidente do Colégio Médico da Bolívia, rela-

tar a difícil situação dos médicos bolivianos. “Evo Mora-

les propagou que os médicos representam perigo para

Projeto de Iniciativa Popular, um dos temas debatidos durante o

encontro

Jurandir Turazzi, explanação sobre a resolução nº49, da ANS, e MP

568/12

Aníbal Cruz, do Colégio Médico da Bolívia

a comunidade, destituiu o papel de regulador ético e

científico do Colégio, além de acabar com as fontes de

financiamento. Houve uma ameaça de troca dos médicos

por profissionais recém-formados vindos de Cuba. Foi

declarada uma greve e o conflito se agravou”. Atualmen-

te, a situação ainda é crítica embora a população apoie o

movimento. A AMB já havia encaminhado carta mani-

festando apoio aos médicos bolivianos.