JAMB
JUNHO/JULHO DE 2002
2
DIRETORIA
P
RESIDENTE
Eleuses Vieira de Paiva
P
RIMEIRO
V
ICE
-P
RESIDENTE
Lincoln Marcelo Silveira Freire
S
EGUNDO
V
ICE
-P
RESIDENTE
Ronaldo da Rocha Loures Bueno
V
ICE
-P
RESIDENTES
Ronaldo da Rocha Loures Bueno,
Remaclo Fischer Junior, Rui Haddad,
Lincoln Marcelo Silveira Freire, Neri
João Bottin, Samir Dahas Bittar,
Jadelson Pinheiro de Andrade, Flavio
Link Pabst, Lineu Ferreira Jucá, José
Luiz Amorim de Carvalho.
S
ECRETÁRIO
-G
ERAL
Aldemir Humberto Soares
1º S
ECRETÁRIO
Amilcar Martins Giron
1º T
ESOUREIRO
Edmund Chada Baracat
2º T
ESOUREIRO
:
José Alexandre de Souza Sittart
D
IRETORES
:
Cultural
- Severino Dantas Filho;
Relações Internacionais
- David Miguel
Cardoso Filho;
Científico
- Fabio Biscegli
Jatene;
Defesa Profissional
- Eduardo
da Silva Vaz;
DAP
- Martinho Alexandre
R.A. da Silva;
Economia Médica
- Lúcio
Antonio Prado Dias;
Marketing
- Paulo
Roberto Davim;
Saúde Pública
- Mauro
Chrysóstomo Ferreira;
Atendimento ao
Associado
- Ricardo de Oliveira Bessa;
Proteção ao Paciente
- Elias F. Miziara;
Acadêmico
- Jurandir M.R. Filho;
Jamb
- Horácio José Ramalho.
D
IRETOR
R
ESPONSÁVEL
Horácio José Ramalho
E
DITOR
E
XECUTIVO
César Teixeira (Mtb 12.315)
C
OLABORAÇÃO
E
R
EVISÃO
Luciana Leitão
D
IAGRAMAÇÃO
, E
DITORAÇÃO
E
A
RTE
Sollo Comunicação
P
UBLICIDADE
Américo Moreira Publicações
D
EPARTAMENTO
C
OMERCIAL
Fone (11) 3266-6800
T
IRAGEM
: 60.000 exemplares
P
ERIODICIDADE
: Bimestral
F
OTOLITO
:
B
UREAU
O
ESP
R
EDAÇÃO
E
A
DMINISTRAÇÃO
Rua São Carlos do Pinhal, 324
01333-903 – São Paulo – SP
Fone (11) 3266-6800
Fax (11) 3266-9412
E-Mail:
jamb@amb.org.brA
SSINATURA
Fone (11) 3266-6800, ramal 137
Anual R$ 36,00; avulso R$ 3,00.
As colaborações assinadas expressam
unicamente a opinião de seus autores,
não coincidindo necessariamente
com as posições da AMB.
O princípio
da incerteza
moderna física quântica diz-
nos que o Universo é um lugar
frenético quando visto em
escalas cada vez menores de espaço
e tempo. Ou seja, quanto mais mi-
croscópico o ambiente, mais intrin-
secamente turbulento. Mas, assim
como juízos estéticos não resolvem
problemas científicos, as assertivas
físicas também não equacionam
adequadamente a ética das nossas
ações e condutas. Serve todavia o
sími le para aler tar-nos sobre a
incerteza dos rumos deste País, no
espaço e no tempo, quanto mais e
profundamente examinemos o seu
futuro, tanto o próximo quanto o
remoto, à luz dos efetores da sua
pol í t ica, os condutores do seu
destino. Este não é um exercício
telescópico, posto estarem aqui
mesmo, debaixo dos nossos olhos e
julgamento crítico, os políticos que
pretendem nos conduzir. É um exame
dissecativo, microscópico, neces-
sariamente invasivo às entranhas dos
predicados de cada um deles. Daí a
sua turbulência. Daí as nossas
dúvidas. Daí a estranha alusão ao
princípio físico da incerteza.
Qual desses candidatos a presidente
da República terá mais consistência,
massa de qualidades e competência,
maior proximidade e identificação com
os problemas sociais do gigante verde-
amarelo? Há outro princípio básico de
física, este bem mais conhecido e
popularmente digerido, que nos diz ser
atrativa a matéria na razão direta das
massas e inversa do quadrado das
distâncias. Para o nosso colosso con-
tinental, o candidato mais atraente é o
que tem mais volume de conhe-
cimentos sobre o Brasil e o mundo
globalizado, mais densidade de propo-
sições adequadas à nossa concretude,
e esteja mais posicionado politica-
mente, filosoficamente, socialmente,
com a realidade de nosso País, mais
próximo portanto das nossas reais
necessidades.
Volume, densidade e proximidade.
Eis aí a fórmula “sócio-quântica” do
candidato ideal. Cabe agora a nós,
médicos, identificar esses valores no
exame detalhado, minucioso, micros-
cópico, de cada pretendente. Somos um
verdadeiro exército de profissionais,
mais de duzentos mil, dispersos País
afora, capazes de formar opiniões nos
mais longínquos rincões tanto quanto
nos salões e avenidas das grandes
metrópoles. O Brasil retém o sétimo
contingente mundial de médicos, uma
força até então insuspeita nos processos
eleitorais regionais e majoritários.
Precisamos alinhar os nossos inte-
resses. Contingenciar o nosso prag-
matismo com os legítimos interesses
da nação, politicamente representados
nas Assembléias Legislativas, nos
Governos Estaduais, no Congresso
Nacional e no Palácio da Alvorada.
Temos agora, mercê os esforços
louváveis das nossas lideranças clas-
sistas maiores, uma proposta mínima
para o setor de Saúde brasileiro. Nossas
associações nacionais, plenamente
apoiadas em suas Federadas, apresen-
taram um plano aos candidatos presi-
denciáveis. Discutimos com eles. Ou-
vimos suas proposições. O Brasil
médico vai ouvir o eco dessas men-
sagens, avaliá-las, estimá-las, conferir-
lhes o peso e a densidade – esses va-
lores intrínsecos que lhes conferem a
natureza de um tecido informativo, tão
necessário às nossas decisões corretas
quanto o tecido cósmico o é, como
agente da gravidade. Da atração. Da
aceitação. Da adoção. E assim, as
incertezas se desfazem na política. E
permanecem apenas na física sub-
atômica, no mundo microscópico, onde
a turbulência é paradoxalmente a
segurança da organização.
Roque Andrade
Presidente da Associação Bahiana de Medicina
CARTAS
Ética e saber
Acabo de ler no JAMB de Ja-
neiro/Fevereiro e tomei conhe-
cimento no Portal da Sociedade
Brasileira de Cardiologia a respeito
do Ministério da Saúde estar pres-
sionando quanto ao Título de Espe-
cialista. Referem-se ao caso do
médico Denísio Marcelo Caron.
Gostaria de deixar aqui a minha
impressão. Acho que estão confun-
dindo ética com saber. O referido
colega, é verdade, não tinha título
de especialista mas atuava sabendo
estar irregular, cometeu vária
imperícias inclusive muitas com
óbito, foi advertido pelo Ministério
Público e continuou a transgredir.
O outro caso mais recente (do
pedófilo): é formado por uma Fa-
culdade do mais alto conceito
(USP), mas mesmo assim agia
irregularmente contra a ética, in-
clusive empregando medicamentos
de uso proibido em consultório e
aplicando vacinas vencidas (segun-
do a imprensa).
Vários pacientes relatam que
colegas abrigados na medicina
ortomolecular “enviam amostras de
cabelo dos pacientes aos EUA para
análise de estresse”.
Outros vendem produtos no
consultório com fabricação des-
conhecida a título de baixar os
lipídeos ou de emagrecer... Haveria
necessidade de um sistema de
Auditoria do Conselho em que
diante de um caso suspeito, de
imediato o procedimento do colega
sofreria uma auditagem através de
um “Conselho de Auditores” e caso
as investigações preliminares
levassem a indícios de erro médico
EDITORIAL
CIRCULAÇÃO: AGOSTO/2002
ou de problemas éticos, o colega po-
deria ser afastado pelo menos tempo-
rariamente até à conclusão das inves-
tigações. A falta de ética está levando
a uma imagem negativa junto à
população, dando margem a inter-
pretações que se desviam da conduta
profissional para o saber.
José Augusto de Castro Carvalho
Manaus - AM
Medalha Prof. Jairo Ramos
Acuso o recebimento do Certi-
ficado que recebi da Associação
Médica Brasileira em comemo-
ração ao cinqüentenário da nossa
entidade mater. Ao agradecer a
gentileza do encaminhamento do
aludido documento, desejo enal-
tecer a profícua gestão da diretoria
da AMB, formulando votos para
que continuem a trilhar o caminho
em defesa da Medicina e do
médico brasileiro.
Murillo Ronald Capella
Florianópolis - SC
Eleições
Nós da diretoria da APM,
Regional Jaú, transmitimos nosso
apoio irrestrito e felizes com a
continuidade de Eleuses Paiva na
presidência da AMB. Tenha absoluta
certeza, nobre colega, de que a APM
Regional Jaú sempre caminhou e
continuará caminhando em harmonia
com a AMB, dando a sustentação
necessária para que possamos
continuar a nossa luta árdua por
melhores dias.
Octávio Junqueira Gonzaga Neto
Jaú - SP