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JAMB - JAN/FEV - 2006

lhes do projeto, procurando imple-

mentar a infra-estrutura adequada”,

conta o presidente do CFM, Edson de

Oliveira Andrade.

“Além desse, centenas de outros

eventos de atualização já estão sendo

credenciados no processo”, lembra o

1º secretário da Associação Médica

Brasileira, Aldemir Humberto Soares,

que também representa a entidade na

Comissão Nacional de Acreditação.

Para a secretária-geral do Conselho

Federal de Medicina, Lívia Barros

Garção, o princípio fundamental do

programa é estendê-lo a todos os

médicos que queiram se atualizar. “O

objetivo da iniciativa é democratizar o

conhecimento, começando pelos espe-

cialistas e podendo abranger toda a

classe”, define.

Exemplo chinês

Conteúdo

Organizado em60módulos

Aulas (4 horas/módulo) mensais

Textos

Testes de avaliação

2 créditos/módulo

Cronograma

Abril de 2006

Definiçãodo sumário e ementados

módulos

Indicação dos responsáveis e

apresentadores de cadamódulo

Definição das datas de entrega dos

textos, apresentações audiovisuais

para padronização e perguntas

Agendamento das gravações

Maio de 2006

Início do processo de revisão de

textos e apresentações audiovisuais

Início das gravações e edições

Divulgaçãoeaberturade inscrições

Junho de 2006

Início da disponibilização dos

primeiros módulos

Atuação/Associação Médica Brasileira

Revisão de texto

Padronização áudio-visual

Supervisão das gravações

Gravação e edição

Agendamento

Creditação

Atuação/Conselho Federal de Medicina

Inscrições e atribuição de senhas

aos participantes

Manutenção do portal e garantia

de acesso

Atuação/Sociedades de Especialidade

Definiçãodoconteúdoprogramático

Sumário (60módulos)

Ementa/objetivos emcadamódulo

Texto e referências bibliográficas

Testes de avaliação

Indicação do responsável e

apresentadores de cadamódulo

Programa de

atualização médica

Em recente viagem à China e Taiwan,

o presidente da Associação Médica

Brasileira teve oportunidade de se

reunir com autoridades médicas, e

também de conhecer o sistema de edu-

cação continuada aplicado aos profis-

sionais. Em Taiwan, por exemplo, o

médico é obrigado a acumular um

número mínimo de créditos, somado

ao longo de 6 anos, para continuar a

exercer a profissão. Portanto, terá que

estar sempre se atualizando para

somar os créditos necessários.

Tal processo é totalmente infor-

matizado: o médico tem um cartão com

tarja magnética, que possui um siste-

ma de identificação (fac simile abai-

xo). Ele passa o cartão em um detector

que o identifica na entrada e saída de

todos os cursos sujeitos à acreditação

pelo sistema nacional de educação

continuada. Com o cartão ele poderá

consultar o extrato de sua conta de

créditos, analisando seu desempenho.

Não há exceção no processo: todos

participam igualmente, desde o pro-

fessor até os seus alunos. O profes-

sor, evidentemente recebe créditos

pela aula que ministra, mas também

terá que se atualizar nas outras áreas

e não apenas naquela específica de

sua atuação.

“Já na China, a duração do curso

médico é de sete anos. O profissional

é submetido a uma seleção para ingres-

so na graduação e realiza múltiplas

avaliações ao longo do curso, inclusi-

ve uma de caráter nacional ao seu

término para que o médico tenha direi-

to de exercer a profissão; só depois

buscará a especialidade desejada”,

conta Amaral. As especialidades mé-

dicas também têm duração de cerca de

seis anos, o que denota a importância

de se garantir uma formação bastante

sólida e consistente, além de emba-

samento para que possa continuar

aprendendo ao longo da carreira.

“O médico, portanto, estuda du-

rante 13 anos, entendido até como

pouco tempo, considerando que lá um

médico hoje com 70 anos ainda está

em atividade plena. Se ele inicia a

faculdade por volta de 20 anos e for-

ma-se aos 33, trabalhará até os 70

anos, portanto, terá 42 anos de car-

reira. Ou seja, empreendeu um quarto

do tempo de vida médica na acade-

mia. Porém, se a qualidade do exercí-

cio profissional é boa, esse investi-

mento é altamente satisfatório”, avalia

o presidente da Associação Médica

Brasileira.