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JAMB - JAN/FEV - 2006
A exemplo da unidade prevalente
nas reuniões da diretoria anterior, o
Conselho Federal de Medicina conti-
nuará integrando o Conselho Delibe-
rativo da AMB nesta nova gestão (2005/
2008). Na primeira reunião do ano da
Diretoria Plena e do Conselho Delibe-
rativo, realizada no dia 17 de fevereiro,
em Belo Horizonte (fotos), o presidente
Edson Andrade compareceu ao encontro.
“Nossa pauta é única. O que hoje
será debatido aqui são as mesmas
preocupações do Conselho Federal, ou
seja, Associação Médica Brasileira e
Conselho Federal de Medicina têm
em comum assuntos de relevante inte-
resse para a classe médica. Por isso,
sinto-me à vontade e disposto a contri-
buir no que for possível”, disseAndrade,
na abertura da reunião.
O atual estágio do Projeto de Lei
3466/04, que referencia a Classificação
Brasileira Hierarquizada de Procedi-
mentos Médicos no sistema suplementar
de saúde, dominou a maior parte das
discussões. O presidente da Frente
Parlamentar da Saúde, deputado Rafael
Guerra (PSDB-MG), participou da
reunião, apresentando um relato deta-
lhado sobre o andamento do projeto. O
PL foi aprovado em três Comissões,
AMB realiza Deliberativo e Plena em Minas
aguardando atualmente votação do
plenário da Câmara. Para a sua apro-
vação, Guerra só vê um caminho: o da
mobilização.
“E a classe médica não pode perder a
oportunidade de pressionar os parlamen-
tares neste ano, aproveitando que é um
ano eleitoral”, afirmou o deputado.
Para o presidente da AMB, José Luiz
Gomes do Amaral, as entidades médicas
continuarão investindo na busca pelo
entendimento. “Continuaremos nego-
ciando até onde for possível, mas nossa
flexibilização tem limite e não poderemos
ultrapassá-lo sob o risco de desacreditar
o projeto”, afirmou Amaral. “Temos que
negociar, porémnegociar não é ceder, nem
se submeter e muito menos concordar
com o que não aceitamos”, acrescentou
Edson Andrade, presidente do CFM.
Ainda sobre a Classificação, Florisval
Meinão, coordenador da Comissão Nacio-
nal de Consolidação e Defesa da CBHPM,
antiga Comissão Nacional para Implan-
tação, apresentou um resumo da reunião
realizada com os coordenadores das
Comissões Estaduais de Honorários
Médicos (Mais detalhes nas págs. 14 e 15).
“Estabeleceu-se a importância do
Projeto de Lei ser votado no máximo
até o mês de maio, por isso já estamos
discutindo meios de nos mobilizar para
atingir esse objetivo”, destacou Meinão.
O coordenador informou ainda o atual
estágio de implantação da CBHPM no
sistema Unimed, Unidas e junto às segu-
radoras Bradesco e Sul América.
“Precisamos também elevar o nível
de negociação com as empresas de medi-
cina de grupo, que até o momento são as
mais ausentes, as que pagam menos e
aquelas com as quais temos mais dificul-
dades para negociar”, completou.
O vice-presidente da Região Centro-
Sul e representante da Associação
Médica Brasileira na Comissão deAssun-
tos Políticos, Jurandir Marcondes, fez um
breve relato do trabalho iniciado no final
do ano passado, cujo objetivo é acompa-
nhar os Projetos de Lei diretamente liga-
dos ao setor de saúde e que se encon-
tram em trâmite no Congresso Nacional.
“Selecionamos 80 projetos relevantes,
os quais serão impressos em forma de
cartilha e distribuídos às lideranças
médicas”, destaca Jurandir.
Além de dar conhecimento à catego-
ria, o material também trará o posicio-
namento – favorável ou contrário - das
entidades acerca de cada proposição.
Além disso, constarão ainda no docu-
mento outras informações básicas, tais
Fotos: César Teixeira
Fotos: César Teixeira