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JAMB - JAN/FEV - 2006
As principais mudanças dizem respei-
to às cirurgias videoassistidas do
capítulo 3. Quando os equipamentos
de vídeo utilizados nesses casos per-
tencerem à equipe médica, esta terá
direito à taxa de uso, valorada confor-
me o porte: 33,8 UCOs até o porte 9C;
38,5 UCOs do porte 10A ao 11C; e
42,9 UCOs do porte 12A em diante.
Para o presidente da Câmara
Técnica, “trata-se de ummomento his-
tórico, pois este consenso técnico
desencadeará os acordos regionais”.
Giron contou que alguns questio-
namentos da Unidas e do Sistema
Unimed posteriores à publicação da
quarta edição, em setembro de 2005,
poderiam impossibilitar a implantação
da CBHPM. “Com isso, voltamos a
discutir vários procedimentos até
chegar a este resultado.”
“Todas as questões técnicas apon-
tadas por nós depois da última edição
da CBHPM foram esclarecidas, com
destaque para a boa vontade das enti-
dades médicas na análise das nossas
reivindicações, mas só poderemos
discutir a implantação a partir da apre-
sentação oficial da Resolução Norma-
tiva à nossa assembléia nacional,
prevista para abril”, afirmou a presi-
dente da Unidas, Marilia Ehl Barbosa.
Ela comentou ainda a necessidade
da categoria pressionar os demais
segmentos a implantar a CBHPM, pois
entende que a Unidas foi a única, até
agora, a recomendar a sua adoção
pelas filiadas.
Representante da Unidas na Câma-
ra Técnica, Walter Lyrio do Valle res-
saltou a importância de um esforço
por parte das instituições para que o
consenso técnico seja disseminado
Brasil afora, facilitando as negociações
regionais. “Foi um trabalho intenso de
argumentação e contra-argumentação,
mas o resultado final é consistente”,
analisou.
“Esta revisão da CBHPM, feita com
responsabilidade e transparência,
valoriza o trabalho do médico”,
observou João Caetano, diretor de
Integração Cooperativista da Unimed
do Brasil, lembrando também a
importância das outras cinco Câma-
ras Técnicas para diminuir o chama-
do “custo-saúde”. Segundo Caetano,
quanto mais cedo a CBHPM for
adotada por todas as singulares,
menos transtornos operacionais
haverá com as planilhas de conver-
são, considerando que a Classificação
está sendo praticada no intercâmbio
com redutor de 20% desde dezem-
bro. “A partir desta finalização das
discussões técnicas, a Unimed do
Brasil estimulará e agilizará o proces-
so de implantação”, garantiu.
Segundo Jurimar Alonso, também
da Unimed do Brasil, “este trabalho
vem reaproximar as entidades médi-
cas e o sistema cooperativista, que,
de forma franca, voltam a falar a
mesma linguagem e a buscar alter-
nativas para uma remuneração mais
digna do médico”.
Ao assinar a Resolução Normativa,
o presidente da AMB, José Luiz
Gomes do Amaral, agradeceu a dedi-
“Os ajustes
contidos nesta
Resolução
Normativa serão
incorporados à
quinta edição da
CBHPM”
Amilcar Martins
Giron, presidente da
Câmara Técnica
Permanente da
CBHPM
cação e perseverança dos integrantes
da Câmara Técnica.
“As operadoras de autogestão e as
cooperativas tornaram-se parceiras das
entidades médicas neste processo,
construindo com paciência e seriedade
um começo feliz da busca por solu-
ções a fim de contemplar as expecta-
tivas de todos os agentes envolvidos,
visando um sistema suplementar que
respeite o paciente, a medicina e que
seja viável”, destacou.
Habituado a receber pedidos e
sugestões sobre a CBHPM a todo
momento, Amilcar Giron explicou que
sua revisão é permanente, acompanhan-
do a evolução da medicina. “Os ajustes
contidos nesta Resolução Normativa
serão incorporados à quinta edição da
Classificação, assim como as próximas
deliberações da Câmara Técnica.” A
RN, contendo os 86 procedimentos
alterados, está sendo impressa e
encartada nos exemplares da quarta
edição da CBHPM. Além da versão in-
tegral, impressa nas páginas seguintes,
a Resolução Normativa nº 01/2006 tam-
bém está disponível para impressão no
site da AMB
( www.amb.org.br ).