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JAMB - JAN/FEV - 2006
Ainda segundo Jatene, em breve será
finalizada a normativa para o julgamento de
atividades a serem credenciadas, esclarecendo
os critérios para aceitação e pontuação dos
eventos. O texto está sendo elaborado pela
CNA em parceria com representantes das
Sociedades de Acupuntura, Cancerologia,
Cardiologia, Cirurgia Digestiva, Cirurgia Geral
e Endocrinologia e Metabologia.
O presidente da AMB lançou a idéia de
que cada Sociedade de Especialidade elabore
material científico atualizado a ser oferecido
aos especialistas à distância, sem ônus. “Isso
despertaria o interesse dos profissionais por
outras fontes de conhecimento e, aos poucos,
se tornariam ‘dependentes’ de informação”,
afirmou José Luiz.
O Certificado de Atualização Profissional
foi instituído pela Resolução nº 1772/2005, do
Conselho Federal de Medicina, para médicos
que têm Título de Especialista ou Certificado
de Área de Atuação. Os especialistas devem
participar de atividades de educação médica
continuada, somando 100 pontos a cada cinco
anos. A adesão ao processo é obrigatória para
os profissionais que obtiveram seus Títulos
ou Certificados desde 1º de janeiro último, e
opcional para os demais.
Especialistas antigos
Outro tema discutido na reunião foi a
situação de médicos que atuam como espe-
cialistas, muitas vezes com mais de 30 anos
de experiência, mas não possuem o Título de
Especialista. O 1º vice-presidente do Conse-
lho Federal de Medicina, Antônio Gonçal-
ves Pinheiro, lembrou que, até 1998, esses
profissionais puderam comprovar o exercí-
cio da especialidade junto ao Conselho
Federal de Medicina, que analisou os docu-
mentos e avaliou cada caso para regulariza-
ção. “No entanto, muitos não aproveitaram
aquela oportunidade, e cada vez mais nos
procuram narrando problemas como o
descredenciamento de planos de saúde pela
falta do Título”, disse Pinheiro.
Depois do debate, foi acordado que a
AMB formará um grupo de trabalho, consul-
tando as Sociedades de Especialidade, para
apresentar possíveis soluções até a próxima
reunião. “Temos que encontrar um caminho
alternativo, pois não devemos impedir que
bons profissionais exerçam sua especiali-
dade e, por outro lado, temos que evitar a
desvalorização do Título de Especialista”,
sentenciou o presidente da AMB, José Luiz.
Com o objetivo de discutir propostas de trabalho para este ano, a
nova diretoria da Associação Médica Brasileira tem se reunido com diversas
Sociedades de Especialidade. No dia 10 de janeiro, o presidente da AMB,
José Luiz Gomes do Amaral, o secretário-geral, Edmund Baracat, o
1º secretário, Aldemir Soares, e o 2º tesoureiro, Luc Weckx, receberam o
novo presidente da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e
Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CFF), Richard Voegels, e o professor
de Otorrinolaringologia da Universidade de São Paulo, Ricardo Bento.
Na semana seguinte, o presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria
(SBP), Dioclécio Campos Júnior, e o 2º vice-presidente da entidade,
Fábio Ancona Lopez, estiveram na reunião da diretoria da Associação
Médica Brasileira, da qual também participaram o ex-vice-presidente da
Região Sul da AMB, Remaclo Fisher Júnior, o 1º tesoureiro, Amilcar Giron,
o diretor de Proteção ao Paciente, Elias Fernando Miziara, e o diretor do
Departamento de Assistência Previdenciária, Cléber Costa de Oliveira,
além do presidente e dos diretores que também receberam a ABORL-CFF.
O novo presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/
Medicina Laboratorial (SBPC/ML), Wilson Shcolnik, o diretor de Defesa
de Classe, Paulo Azevedo, e o ex-presidente da entidade, Ulysses Moraes
de Oliveira, também estiveram na sede da AMB, em São Paulo, no dia 17
de janeiro.
Durante as reuniões, foram discutidos os objetivos em comum, as
oportunidades de cooperação e as estratégias de ação envolvendo a
Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM),
a regulamentação da profissão (PLS 25/02), o processo de atualização
dos especialistas, entre diversas outras frentes de trabalho.
DIRETORIA E ESPECIALIDADES:
REUNIÕES CONTÍNUAS
CÂMARA APROVA REPROCESSAMENTO
DE PRODUTOS MÉDICOS
Reunida no dia 14 de fevereiro, na sede da AMB, a Câmara Técnica
de Materiais e Medicamentos avaliou minuciosamente a Resolução de
Diretoria Colegiada nº 30 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa), que trata de reprocessamento de produtos médicos.
Foi distribuída nota oficial, assinada pelo presidente da AMB,
José Luiz Gomes do Amaral, informando que “a Resolução representa
um avanço na normatização específica de reprocessamento de produtos
médicos, garantindo segurança para a população e evitando custos
desnecessários para o sistema de saúde”.
O texto esclarece também que, durante cerca de um ano, estudou em
profundidade o assunto e enviou uma série de sugestões para a Anvisa, as
quais foram incorporadas integralmente à Resolução.
Ainda, segundo a nota, “é entendimento da Câmara Técnica de
Materiais e Medicamentos que eventuais alterações na lista de produtos
médico-hospitalares de uso único devem se pautar em critérios técnicos e
científicos sem ceder a pressões econômicas e/ou corporativas”.
A Câmara Técnica da AMB é formada por representantes da
Associação Médica Brasileira, do Conselho Federal de Medicina, do
Sistema Unimed e do grupo Unidas.