29
JAMB - JAN/FEV - 2006
I FórumNacional de Ética emMedicina Esportiva
Em janeiro, a Associação Mé-
dica de Minas Gerais comemorou
o seu 60º aniversário. Fruto do
idealismo de um grupo de médicos
liderados pelo professor Otto
Cirne, seu primeiro presidente, a
AMMG foi fundada em 19 de
janeiro de 1946. Atualmente, a
AMMG representa 16,3 mil dos 30
mil médicos do Estado e desenvol-
ve atividades científicas, culturais
e sociais, além de defender a boa
prática médica e a qualidade dos
serviços de saúde prestados à
população.
Entidade sem fins lucrativos,
a Associação Médica possui
hoje 71 filiadas no interior do
Estado e 52 departamentos cien-
tíficos, exercendo papel funda-
mental na atualização científica
dos médicos, além de participar
de diversas campanhas educa-
tivas na área de saúde.
“É um privilégio muito grande
estar à frente da Associação Médi-
ca neste ano. Foram seis décadas
de trabalho árduo pelos médicos e
pela população”, avalia o presiden-
te da entidade, José Carlos Collares
Filho. Ele lembra que a AMMG ain-
da tem muitos desafios pela frente,
como a luta contra a proliferação
indiscriminada de escolas de medi-
cina, a necessidade de regulamen-
tação do exercício da medicina por
meio de Lei e a conquista de melho-
res condições de trabalho. “Nosso
objetivo último é poder trabalhar
bem para oferecer a nossos pacien-
tes o melhor da medicina”, conclui.
Perfil do câncer de próstata
Resultado de um ano de pesquisa junto aos sócios,
a Sociedade Brasileira de Urologia – secção São Paulo
lançou o livro “Perfil do Câncer de Próstata no Estado de
São Paulo”, em cerimônia na Assembléia Legislativa. A
publicação traz informações detalhadas e inéditas sobre a
doença, os pacientes, os urologistas, as indicações tera-
pêuticas e as cidades, além de considerações a respeito de
diagnóstico clínico, laboratorial e biópsia. O estudo
também discute aspectos biomoleculares como heredita-
riedade, carcinogênese, fatores ambientais e genéticos, dieta e prevenção.
“Antes desta pesquisa não era possível cruzar dados sobre o perfil da
doença e dos pacientes em São Paulo, pois não há índices oficiais que nos
revelem esta realidade”, conta Aguinaldo César Nardi, presidente da SBU-SP no
biênio 2004/2005. “Após alcançar um grau de excelência em suas atividades de
educação médica continuada, a SBU-SP decidiu investir em projetos científicos
de cunho social e comunitário, com o objetivo de oferecer subsídios para políti-
cas públicas adequadas”, acrescenta.
Pioneiro, este estudo epidemiológico envolveu 10,6% dos sócios da entida-
de, ou seja, mais de 100 urologistas, de forma voluntária. O total de pacientes
pesquisados foi de 1.915, sendo que 53,6% foram tratados pelo Sistema Único
de Saúde (SUS), 37% por planos de saúde e 9% por clínicas ou consultórios
particulares. Em nove casos, essa informação não foi especificada.
“Uma das importantes constatações da pesquisa é que os usuários do siste-
ma público apresentam o câncer de próstata em grau mais avançado, de forma
geral, do que aqueles que pagam pelo atendimento”, revela Nardi. “A causa
desta diferença pode ser a falta de informações para os pacientes ou mesmo de
acesso aos serviços de saúde, daí a importância de conhecermos tais dados.”
O estudo revela, ainda, que um dos grandes entraves ao diagnóstico precoce
continua sendo, até hoje, o preconceito de muitos homens com relação ao toque
retal, exame indispensável. “Ainda existe grande desinformação por parte dos
homens quanto à importância de visitas regulares ao urologista para tratar seus
males, o que, somado ao acesso à saúde nem sempre disponível, dificulta não só
o tratamento e a cura desses pacientes, mas também o amplo conhecimento
sobre a doença e o perfil de seus portadores”, diz o texto.
Com tiragem de 3 mil exemplares, o “Perfil do Câncer de Próstata no Estado de
São Paulo” foi distribuído aos sócios da SBU-SP e às seccionais da Sociedade
Brasileira de Urologia em todo o País. Os interessados em adquirir a publicação,
que é gratuita, podem ligar para (11) 3168-4229. Em breve, todo o conteúdo
estará disponível na internet, em
www.sbu-sp.org.br .Associação Médica
de Minas Gerais
completa 60 anos
O Curso Nacional de Educação
Médica à Distância de Gastroente-
rologia e Cirurgia Geral (NETGAS-
TRO), já tem seu calendário defini-
do para 2006. As sessões, trans-
mitidas ao vivo por sistema de
teleconferência, da disciplina de
Telemedicina da Faculdade de
Medicina da USP, via internet,
acontecerão nos dias: 11 de março;
1 de abril; 29 de abril; 27 de maio; 24
de junho; 29 de julho; 26 de agos-
to; 30 de setembro; 28 de outubro e
2 de dezembro. O curso é totalmen-
te gratuito e outras informações
podem ser obtidas pelo e-mail:
netgastro@uol.com.br.
Netgastro
Buscando iniciar uma discussão sobre os aspectos éticos de condutas de médicos nas relações
com dirigentes de clubes, atletas e imprensa, o Conselho Federal de Medicina, a Associação
Médica Brasileira e a Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte realizarão, nos dias 19 e 20 de
abril, na sede daAssociação Paulista de Medicina, em São Paulo, o I FórumNacional de Ética em
Medicina Esportiva, com a seguinte programação:
Módulo III
16h00 às 18h00 – Aspectos éticos da
informação médica; a visão da mídia; a visão
do atleta; a visão do médico
20 de abril
–
Módulo IV
9h00 às 12h00 – Suporte médico ao atleta:
organização de um departamento médico;
avaliação pré-participação; o papel do médi-
co em relação ao doping
12h00 – Encerramento
19 de abril
9h00 – abertura
Módulo I
9h45 às 12h00 – Interação dos médicos com a
Comissão Técnica
Módulo II
13h30 às 15h30 – O médico no esporte:
direitos e deveres
Direitos; Deveres; Código de Ética
Médica