Background Image
Table of Contents Table of Contents
Previous Page  6 / 14 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 6 / 14 Next Page
Page Background

JAMB

JANEIRO/FEVEREIRO DE 2001

6

RESSONÂNCIAMAGNÉTICA

HOSPITAL SÃO CAMILO

A mais nova tecnologia em diagnóstico por imagem à

disposição da Classe Médica.

Atendimento a Convênios e Particulares.

AV. POMPÉIA, 1178 - TEL. (tronco) 3676-0187

SÃO PAULO - SP

ntidades médicas naci-

onais manifestaram-se

contrárias à decisão da

Agência Nacional de Saúde

Suplementar (ANS) que defi-

niu uma lista com 434 proce-

dimentos de alta complexida-

de que poderão ser negados,

durante os primeiros 24 me-

ses, a pacientes com doenças

preexistentes e que estejam

ingressando em um plano de

saúde.

Para reverter esse quadro,

entidades médicas e de defe-

sa do consumidor reuniram-

se no dia 12 de janeiro, na sede

da Associação Médica Brasi-

leira, e elaboraram um comu-

nicado (ao lado) repudiando

a decisão da ANS. No docu-

mento, as entidades pedem a

revisão do conceito de doen-

ças preexistentes e dos pro-

cedimentos excluídos e, ain-

da, audiência com o Ministro

da Saúde, José Serra, alegan-

do que ele deve se responsa-

bilizar pela assistência aos ex-

cluídos, oferecendo recursos

Em defesa da população

Entidades protestamcontra exclusão de assistência a usuários comdoenças preexistentes

As entidadesmédicas e de defesa

dosusuárioseconsumidoresdeplanos

de saúde, reunidas na sede da AMB,

vêmapúblicomanifestar-sesobreaRe-

solução41,daAgênciaNacionalSaúde

Suplementar (ANS), quecontéma lista

deprocedimentosconsiderados dealta

complexidade a serem excluídos da

assistência a usuários de planos de

saúdeemcasodedoençapreexistente.

1.Aregulamentaçãodosplanosdesaú-

de trouxe avanços, mas ainda não foi

suficienteparagarantirproteçãoeaten-

dimento integral aos40milhõesdebra-

sileiros usuários de planos de saúde.

2. A Resolução 41 traz medidas alta-

menteprejudiciaisaosusuáriose tecni-

camente injustificáveis. A exclusão do

atendimento a doenças preexistentes

deixaousuárioempermanenteestado

de insegurança.

COMUNICADO À IMPRENSA

Entidades repudiam resolução da ANS sobre planos de saúde

e apontando onde esses cida-

dãos serão atendidos.

Segundo o presidente da

AMB, Eleuses Vieira de Paiva, a

ANS cometeu um grande equí-

voco. “Houve uma avaliação

puramente econômica, não

médica. Essa decisão benefici-

ará as empresas de planos de

saúde e não os consumidores.

É uma condenação ao pacien-

te, pois o deixará completa-

mente indefeso e totalmente

sem assistência quando neces-

sitar”, disse.

Na semana seguinte, duran-

te reunião com o diretor de

normas e habilitação de produ-

tos da ANS, João Luís Barroca,

as entidades médicas obtive-

ram a promessa de uma revi-

são da lista. O assunto voltou a

ser discutido em recente en-

contro, realizado no último dia

12, na sede do Cremesp, sendo

decidido o encaminhamento

de ofício à ANS solicitando a

imediata suspensão da resolu-

ção até que a mesma seja total-

mente revisada.

3. Nomomento emque todos buscamos

ampliar oacessodapopulaçãoa todosos

procedimentosdiagnósticoseterapêuticos

disponíveis,aAgênciaNacionaldeSaúde

Suplementarlamentavelmenteautorizoual-

gumas centenas deexclusões.

4. Ressaltamos que aCâmara deSaúde

Suplementar,órgãocolegiadodaANS,tem

caráter legal meramente consultivo. Sua

composiçãonãoéparitária,sendoqueope-

radorasegovernorepresentamamaioria.

Sendo assim, resoluções – a exemplo da

41 – são editadas mesmo com a

discordância de representantes demédi-

coseconsumidores.

Isto posto, exigimos:

a) Reconsideração imediatadaediçãoda

Resolução41

b) Revisão do conceito de preexistência,

que não encontra qualquer fundamenta-

ção médico-científica.

c)QueoMinistériodaSaúdeserespon-

sabilizepelaassistênciadosexcluídos,

oferecendorecursoseapontandoonde

esses cidadãos serãoatendidos.

d) Audiência como excelentíssimoMi-

nistro da Saúde para tratar do assunto

emquestão.

SãoPaulo, 11de janeirode2001

Associação Médica Brasileira

Conselho Federal de Medicina

Associação Paulista de Medicina

Conselho Regional de Medicina do

Estado de São Paulo

Sindicato dos Médicos de São Paulo

Instituto Brasileira de Defesa do

Consumidor

Fórum Nacional de Entidade de De-

fesa dos Portadores de Patologias

e Deficiências

Ao lado das demais entida-

des médicas nacionais, a AMB

marcou presença na 11º Con-

ferência Nacional de Saúde,

realizada em Brasília. Entre os

participantes estavam o presi-

dente, Eleuses Vieira de Paiva,

o diretor de Defesa Profissio-

nal, Eduardo Vaz e o diretor do

Jamb, Horácio José Ramalho.

O tema central do evento

“Efetivando o SUS: acesso,

qualidade e humanização na

atenção à saúde com controle

social” buscou discutir e en-

contrar soluções para o desen-

volvimento do Sistema Único de

Saúde. Os 2.500 delegados que

participaram do evento apro-

Conferência Nacional aprova

agenda para efetivação do SUS

varam uma agen-

da para o siste-

ma, destacando

o fortalecimento

do exercício de

cidadania por

meio de Contro-

le Social, Confe-

rências e Conse-

lhos de Saúde; a

existência de po-

líticas sociais

i n t e r se t o r i a i s ;

cumprimento e regulação da

PEC e proibição de substitu-

tivos de da gestão pública, a

exemplo do PAS em São Paulo;

acesso universal à atenção in-

tegral, equânime e humani-

A partir do dia 22 de novem-

bro, todos os médicos das re-

des pública e privada do estado

de São Paulo estão obrigados a

solicitar o exame para detecção

do HIV em mulheres gestantes.

Segundo a resolução 95/2000

do Conselho Regional de Medi-

cina de São Paulo, os médicos

que não cumprirem a resolu-

ção serão punidos.

Embora haja uma lei esta-

dual, instituída em dezembro

de 99, obrigando a solicitação

Exame HIV no pré-natal é obrigatório

zada e reorientação da atual

política pública, social e econô-

mica, incluindo imediato paga-

mento da dívida externa até

que seja conhecido o resulta-

do da auditoria desta dívida.

do teste, a mesma não prevê

nenhum tipo de punição aos

médicos que a desobedecem.

Caso a paciente não concor-

de, a decisão deverá constar

em seu prontuário.

Segundo dados do Ministé-

rio da Saúde, 94% dos casos

de AIDS em menores de 13

anos são resultado de trans-

missão vertical, ou seja conta-

minação de mãe para o recém-

nascido. Quando a gestante

com o vírus é diagnosticada e

tratada, os riscos de que seu

filho nasça com o HIV caem de

28% para pouco menos de 8%.

“Com essa medida preten-

demos alterar o número de

crianças contaminadas”, afir-

ma Regina Parizi, presidente do

CRM-SP.

Dados do Ministério da Saú-

de indicam que, desde 1980, o

País já soma mais de 190 mil

doentes com AIDS, sendo que

as mulheres são responsáveis

por cerca de 48 mil casos.

Divulgação