Background Image
Table of Contents Table of Contents
Previous Page  3 / 14 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 3 / 14 Next Page
Page Background

JAMB

JANEIRO/FEVEREIRO DE 2001

3

ANADOR

AMB pretende, até o

final do próximo

mês, concluir os pri-

meiros trabalhos do projeto

“Diretrizes para Condutas

Médicas”. Foi o que ficou de-

cidido na reunião realizada

na sede da Associação Médi-

ca Brasileira no mês de de-

zembro. Além disso, o obje-

tivo do encontro era dar em-

basamento teórico e prático

aos diversos grupos das So-

ciedades a fim de poder uni-

formizar as Diretrizes, já que

grande parte

dos trabalhos

recebidos en-

c on t r a v am- s e

fora das nor-

mas estabele-

cidas pela Asso-

ciação Médica

Brasileira.

“Dos 31 traba-

lhos recebidos

26 não preen-

cheram as ca-

racterizações básicas solicita-

das. Isso demonstra o quanto

as sociedades estão com dú-

vidas na elaboração das dire-

trizes”, comentou Raul Cutait,

coordenador do projeto.

Entre as principais dificul-

dades apresentadas estão a

forma de apresentação e a

inclusão de referências bibli-

ográficas. Pensando nisso, a

AMB se prontificou a dar su-

Diretrizes quase finalizadas

porte técnico àqueles que

sentirem necessidade. Para

isso, colocou à disposição os

membros da Comissão Téc-

nica do projeto que são Wan-

derley Marques Bernardo,

que explicou como utilizar a

Literatura Médica para a Ela-

boração das Diretrizes;

Moacyr Roberto Cuce Nobre,

que falou sobre a Base de

Dados e Formatação das Di-

retrizes e José Eluf Neto, que

levantou a Importância do

Desenho de Pesquisa na Prá-

tica da Medici-

na e apresen-

tou a concei-

tuação da Me-

dicina Baseada

em Evidências.

Além das ques-

tões técnicas,

os membros da

Comissão apre-

sentaram exem-

plos práticos e

ilustrativos.

O presidente da Associa-

ção Médica Brasileira, Eleuses

Vieira de Paiva e o coordena-

dor do projeto, Raul Cutait

ressaltaram a importância da

conscientização das Socieda-

des em elaborarem e/ou

adaptarem as Diretrizes para

a linguagem que está sendo

proposta pela Associação

Médica Brasileira de maneira

rápida e eficaz.

Reunião das Especialidades sobre Diretrizes: processo acelerado

Osmar Bustos

Reunião definiu uniformização geral para elaboração final das Diretrizes

Comissão Técnica apresentou temas específicos

S e g u n d o

Eleuses, é a

partir dessa

conscientização

que será pos-

sível atingir a

meta principal

e apresentá-

las ao Ministé-

rio da Saúde,

que já garantiu

apoio à Asso-

ciação Médica

B r a s i l e i r a .

“Peço o máxi-

mo de empe-

nho para que

as Especiali-

dades se orga-

nizem, pois só

assim

esse

projeto poderá evoluir. A

conscientização é fundamen-

tal, pois um documento

como esse é de extrema ne-

cessidade para a classe mé-

dica em geral”.

Raul Cutait lembrou que

perdeu-se muito tempo na

elaboração desse projeto en-

tre normas, conceitos, estru-

tura, e que agora é necessá-

rio acelerar esse processo. “É

preciso usar as estratégias

adequadas para poder dar

velocidade ao projeto. Não te-

mos tempo a perder, por isso

cada um tem que fazer o me-

lhor possível, pois a união das

Sociedades à Associação Mé-

dica Brasileira é a nossa gran-

de força”. Para ele, a única

maneira de dar uniformidade

de desenvolvimento e de atu-

ação é, em primeiro lugar,

conscientizar as Sociedades

da necessidade de norma-

tização e, em segundo, dar

apoio necessário para que

isso aconteça. “É apenas es-

tudando e analisando os tra-

balhos, com o apoio da equi-

pe técnica, que conseguire-

mos tomar decisões consci-

entes para elaborar as Dire-

trizes das sociedades da me-

lhor forma possível”.

Tão logo sejam finalizadas, as

Diretrizes em procedimentos

médicos, que estão sendo ela-

boradas pela AMB, Conselho Fe-

deral de Medicina, em conjunto

com as Sociedades de Especia-

lidade, serão adotadas pelo Mi-

nistério da Saúde. Pelo menos,

foi com essa promessa que a di-

retoria da AMB deixou a reunião

realizada, em Brasília, com o se-

cretário nacional de Assistên-

cia à Saúde, Renilson Rehem.

“O Ministério da Saúde jul-

gou que as Sociedades de Es-

pecialidade são as entidades

adequadas e mais capazes para

elaboração das Diretrizes”, dis-

se o presidente da AMB, Eleuses

Paiva, logo após a reunião.

O diretor do IQS - Instituto

de Qualidade em Saúde, órgão

governamental responsável

pela elaboração das Diretrizes

em Portugal, Antonio Vaz Car-

neiro, convidado especial-

mente pela AMB no sentido de

trocar experiências e auxiliar

no trabalho que está sendo re-

alizado pela entidade, também

participou do encontro em

Brasília, ao lado de outros

membros da Diretoria.

“Muitas das dificuldades

enfrentadas por nós em Por-

tugal poderão ser evitadas

aqui”, afirmou Carneiro. “ O

mais importante, no entanto,

é que as Diretrizes sejam reali-

zadas por instituições médicas

e com a finalidade única de

respaldar as decisões clíni-

cas”, acrescentou.

Segundo ele, a etapa que de-

terminará ou não o sucesso de

uma Diretriz é sua implantação.

“A fase mais importante é sua

implementação, e nela todos

os médicos do País devem ser

envolvidos”, garante.

Em sua última reunião, o

Conselho Científico decidiu

acelerar os trabalhos para a

elaboração das Diretrizes,

mantendo o cronograma an-

teriormente estabelecido.

A primeira etapa do projeto

já foi concluída: as Especiali-

dades definiram e enviaram

para a AMB os temas conside-

rados de maior importância.

Ao todo foram apresentados

126 temas, considerados rele-

vantes pelas Sociedades. Na

segunda fase do projeto, já em

andamento, a AMB enviou às

Sociedades a metodologia

para elaboração das Diretrizes.

Ministério apóia

AMB dará

assistência

e suporte

técnico às

Sociedades