nós, ocidentais, costumamos pensar,
e sim preservar sua beleza, de acordo
coma culturamuçulmana. Os homens
também se cobrem com uma túnica,
mas de cor branca, e usam turbantes.
No início achávamos estranho, mas
depois começamos a achar muito bo-
nito. É umchoque de cultura: a religião,
o idioma, a moeda, a escrita. O povo é
receptivo e trata bem os turistas. É ma-
ravilhoso o contato com uma cultura
tão diferente da nossa.”
Por ser um país de maioria islâ-
mica, as quatro amigas ficaram um
pouco apreensivas no começo. “De-
pois que conseguimos compreender
as diferenças culturais, tudo ficou
mais tranquilo. Depois que entende-
mos, por exemplo, que as mulheres
se vestem daquela maneira não por-
que são obrigadas, mas porque que-
rem, pela relação delas com a religião,
aprendemos a aceitar a escolha delas.
Não é machismo, é uma opção”, re-
lembraMaria Aparecida.
Por baixo das túnicas, as mulhe-
res também vestem roupas coloridas,
que sómostramno ambiente familiar.
Aliás, o conceito de opressão se relati-
viza quando se passa a ver o mundo
com os olhos de outras culturas. “Até
ouvimos uma coisa interessante: as
mulheres muçulmanas é que acham
que nós, ocidentais, somos oprimidas,
porque nos consideram escravas da
moda”, admira-se. Outro ponto que
chama a atenção é a interação entre
homens e mulheres no cotidiano.
“Uma mulher nunca pode tocar um
homem em público. Nós, brasileiras,
temos que ficar atentas, porque um
simples ato de agradecimento ou
aperto demão deve ser evitado.”
Um dos melhores passeios para
se fazer é o safári no deserto. “O de-
serto é a ‘praia’ dos moradores de Du-
bai. Eles adoram. É para onde vão nos
fins de semana. Fizemos um
tour
ma-
ravilhoso que começou à tarde com
passeio de carro nas dunas, e à noite
brindou-nos com um jantar em tape-
tes luxuosos, sob tendas, com danças
e comidas típicas e passeio de came-
lo. Tudo ao ar livre e com um luar que
nunca vi igual!”, conta.
Outro passeio imperdível é vi-
sitar a cidade vizinha de Abu Dhabi
para conhecer a Grande Mesquita
Sheikh Zayed, umas das maiores do
mundo, com detalhes em ouro nas co-
lunas, mármores raros, belos arabes-
cos e lustres com cristais Swarovski.
“Só não se pode esquecer de ir com o
traje adequado, com nenhuma parte
do corpo exposta; do contrário, não
se pode entrar, a menos que compre
uma burca no local”, avisa a médica.
“A interação com a cultura islâmica
não é difícil, desde que respeitemos
os costumes e hábitos do país”, con-
clui. Aliás, uma regra válida para qual-
quer lugar, independentemente de
crença religiosa.
Viagens
Denise Ap.Foelkel Pignatari
Jackeline Foelkel Pignatari
Nas alturas: elevador panorâmico no Burj Khalifa, o prédio mais alto do mundo
A GrandeMesquita Sheikh Zayed,na cidade de Abu Dhabi:exemplo de requinte da arquitetura islâmica
SETEMBRO/OUTUBRO-NOVEMBRO/DEZEMBRO 2
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JAMB
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