Viagens
As mil e uma noites do
século 21
Helvânia Ferreira
A
o contornar as adversi-
dades do clima desérti-
co, Dubai se firma como
um dos principais destinos tu-
rísticos do planeta. Um grupo de
médicas brasileiras relata a ex-
periência de ter estado lá
Pensou em façanhas arquitetônicas,
monumentos da engenharia e cons-
truções arrojadas, pensou em Dubai,
um dos sete pequenos territórios
que compõem a nação dos Emira-
dos Árabes Unidos. Banhado pelo
Golfo Pérsico e localizado entre Omã
e a Arábia Saudita, Dubai está en-
tre os principais destinos turísticos
mundiais hoje. Só no ano passado, a
região recebeu mais de 14 milhões
de visitantes, um aumento de 7,5%
em relação ao ano anterior, 2014. O
número representou mais do que o
dobro projetado pela United Nations
World Travel Organization (UNWTO),
agência das Nações Unidas respon-
sável pela promoção do turismo. A
organização havia previsto um cres-
cimento de 3% a 4% no período.
O mais moderno dos territórios
dos Emirados Árabes, Dubai conseguiu
driblar as adversidades do clima desér-
tico e virou sinônimo de turismo de
luxo. A capital de mesmo nome, nos úl-
timos 20 anos, converteu-se emgrande
centrodenegócios,shoppings e lojas de
grifes, além de reunir uma gama infi-
nita de outras atrações para os turistas.
Fora os cartões postais mundial-
mente conhecidos, como o Burj Khali-
fa,com828metros e 163 andares,o que
faz dele o prédio mais alto do mundo,
e o Burj Al Arab, hotel em formato de
vela situado em uma ilha artificial
construída especialmente para abrigá-
-lo, o pequeno emirado guarda muitas
surpresas para quem decidir explorá-
-lo, a começar pela cultura local.
Foi justamente essa possibilidade
– conhecer os hábitos e o modo de vida
em Dubai para além daquilo que a mí-
dia costuma mostrar – que desafiou
quatro amigas brasileiras, três médi-
cas e uma professora, a desbravaremo
território. “Nosso destino principal era
a Turquia, mas optamos por uma com-
panhia que permitisse uma escala de
cinco dias em Dubai, em vez de esca-
la na Europa”, conta a pediatra Maria
Aparecida Próspero.
Segundo amédica, impactante é a
melhor palavra para definir a arquite-
tura local. “É impressionante o impac-
to que temos ao chegar à cidade. Tudo
muito moderno, glamoroso, com enor-
mes arranha-céus luxuosos. Indescrití-
vel! Paraondevocêolha,vê construções
incomuns, futuristas, diferentes das
que vemos nas cidades mais cosmopo-
litas. E o mais interessante é perceber
que até pouco tempo tudo não passava
de deserto”,observa.
Derrubando estereótipos
Entretanto, apesar da arquitetura
única, o grupo concorda que o ponto
alto da viagem foi a possibilidade de
vivenciar as diferenças culturais da re-
gião. “Já começa pelas vestimentas. As
mulheres usam a
abaya
, um roupão
preto, que se coloca por cima de qual-
quer roupa. Cobrem também o cabelo
com um lenço [
hijab
] e só as mais an-
tigas cobrem o rosto todo. Mas a fina-
lidade não é oprimir a mulher, como
Maria Cristina de Próspero
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JAMB
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SETEMBRO/OUTUBRO-NOVEMBRO/DEZEMBRO
2016