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8

Saúde Pública

Regulamentação

da

EC-29

não

agrada

principais

lideranças

Após

uma

espera

de

sete

anos,

a

Câmara

dos

Deputados

finalmente

aprovou, no último dia de outubro, por

299 votos contra 111 e uma abstenção,

um

substitutivo

ao

projeto

de

lei

c o m p l e m e n t a r

0 1 / 2 0 0 3

r e g u l a m e n t a n d o

a

E m e n d a

Constitucional

29.

O

projeto,

que

agora

segue

para

apreciação

do

Senado,

garante,

até

2011,

um

adicional de R$ 24 bilhões para o

setor

público de

saúde,

atendendo

em

parte

a

mobilização

das

entidades

médicas

nacionais

e

Frente

Parlamentar

da

Saúde,

que

no

mês

de

agosto

realizaram

um

ato

público

em Brasília

pleiteando

mais

investimentos

no

setor,

assunto

que

foi

capa

da

edição

anterior do Jamb (reprodução acima).

O

substitutivo,

de

autoria

do

deputado

Guilherme

Menezes

(PT-

BA),

muda

o

texto

original

do

PLP

01/2003,

que

determinava

repasse

à

saúde de 10%da receita bruta da União.

Isto

significaria cerca de R$ 20 bilhões a

mais

a

cada

ano,

valor

considerado

inviável

pela

equipe

econômica

do

governo.

Baseado

na

proposta

apresentada

pela

base

governista

na

reunião

de

líderes

ocorrida

antes

da

votação,

o

substitutivo

aprovado

vincula

correção

do

orçamento

pelo

percentual da variação do PIB - Produto

InternoBruto.

Assim,

nos

próximos

quatro

anos

(2008

a

2011),

ao

valor

encontrado

com

a

aplicação

da

variação

do

PIB,

será

somado

um

percentual

da

a r r e c ada ç ão

da

Con t r i bu i ç ão

Provisória

sobre

Movimentação

Financeira

(CPMF),

além

dos

0,20%

do

imposto

destinados

atualmente

para

a

Saúde.

Em

2008,

o

acréscimo

será de 10,78% da CPMF; em 2009, de

11,61%;

em

2010,

de

12,70%

e,

em

2011,

de

17,37%.

Esses

percentuais

resultarão emR$ 4 bilhões em2008, R$

5 bi em 2009, R$ 6 bi em 2010 e R$ 9 bi

em 2011, de

forma que o orçamento da

Saúde, que para este ano

tem um valor

aproximado

de R$

50

bilhões,

chegará

amais R$ 70 bilhões em2011.

O

projeto

aprovado

mantém

os

índices de gastos mínimos em saúde por

parte

dos

Estados,

Distrito

Federal

e

Municípios:

os

governadores

deverão

a p l i c a r

12%

do s

impo s t o s

e

transferências

recebidas

enquanto que

os

Municípios

15%.

Também

ficou

regulamentada

a

lista das despesas que

devem

ser

consideradas

ações

e

serviços públicos de

saúde e outras que

não

podem

ser

custeadas

com

os

recursos

vinculados

pela

Emenda

29

(veja quadro).

Apesar

d

a

regulamentação

e

da

garanti

a

de

mais

investimentos

para

o

Repercussão

O

apagão

da

Saúde

Jornal

da

Novembro

| Dezembro

2007

Regulamentação

da EC-29

- Despesas

em Saúde

Permitidas

Vigilância

em

saúde

(inclusive

epidemiológica

e

sanitária

Capacitação

de

pessoal

do Sistema Único

de

Saúde

(SUS)

Produção,

aquisição

e

distribuição

de

medicamentos,

sangue

e

derivados

e

outros

Gestão

do

sistema

público

de

saúde

Obras

na

rede

física

do SUS

e

a

remuneração

de

pessoa

ativo

em

exercício

no

setor

l

Não

permitidas

Despesas

como

o

pagamento

de

inativos

e

pensionistas

Serviços

de

saúde

para

servidores

Merenda

escolar

Limpeza

urbana

e

remoção

de

resíduos

Ações

de

assistência

social

e

obras

de

infra-estrutura