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NOV/DEZ DE 2005

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Os principais pontos de atuação da agenda

conjunta da Associação Médica Brasileira e do

Conselho Federal de Medicina para o ano de

2006 foram definidos durante o planejamento

estratégico, realizado no dia 9 de novembro, na

sede do CFM, em Brasília. Na reunião, que con-

tou com a participação de todos os membros

integrantes das duas diretorias, foram escolhi-

dos oito temas centrais que serão prioritários

na pauta das entidades no ano que vem.

Os temas – regulamentação da profissão

médica, atualização profissional, ensino mé-

dico, Sistema Único de Saúde, saúde suple-

mentar, integração das entidades médicas, in-

serção política e social dos médicos e assun-

tos internacionais – foram intensamente dis-

cutidos, resultando em campos temáticos, ob-

jetivos e encaminhamentos (resumo das dis-

cussões realizadas no quadro ao lado). No tema

saúde suplementar, por exemplo, foram

inseridas ações envolvendo a Classificação

Brasileira Hierarquizada de Procedimentos

Médicos, contratualização, aprovação do

PL 3466, entre outros. A mesma metodologia

foi aplicada aos demais temas.

“O método que escolhemos para o desen-

volvimento deste planejamento estratégico pri-

vilegiou mais as discussões e os debates, tor-

nando-se muito mais simples que o tradicional”,

explicou Gilberto Scarazati, responsável pela

condução do planejamento estratégico. “Com

isso, ganhamos muito na amplitude dos temas”,

disse ao encerrar os trabalhos.

As discussões, além dos oito temas centrais,

AMB e CFM definem agenda para 2006

geraram ainda outros 23 campos temáticos e

90 subtemas. “Para dar andamento ao trabalho,

as diretorias executivas das entidades voltarão

a ser reunir a fim de definir quem serão os

responsáveis – comissões ou diretorias especí-

ficas – pelo desenvolvimento das respectivas

ações”, explicou o presidente da AMB, José

Luiz Gomes do Amaral, ao final da reunião.

“Agora será necessário aglutinarmos todas as

idéias e proposições de forma a cumprir, da

maneira mais eficiente possível, os pontos

elencados”, completou Edson Andrade, presi-

dente do Conselho Federal de Medicina.

Outra frente de atuação conjunta da AMB e

do CFM será no Congresso Nacional, em cum-

primento à “agenda legislativa”, trabalho que

consiste no levantamento de todos os Projetos

de Lei relacionados à área da saúde atualmente

em trâmite tanto na Câmara como no Senado

Federal. Uma pesquisa preliminar já selecionou

91 projetos, os quais serão apreciados pelas en-

tidades para posicionamento oficial da catego-

ria. A previsão é de que no início do próximo

ano este trabalho, que está sendo realizado pelo

assessor parlamentar, Napoleão Salles, esteja

finalizado.

Ainda como parte do processo de atuação

conjunta e com o objetivo de agilizar ações,

além de reforçar a unidade entre AMB e CFM,

as entidades realizarão reuniões mensais de suas

diretorias executivas. Elas acontecerão

alternadamente em Brasília, São Paulo e em ou-

tras localidades, neste caso, por ocasião dos en-

contros do Conselho Deliberativo da AMB.

Nova diretoria: primeira reunião em Brasília

O primeiro encontro reunindo todos os membros da nova

diretoria da Associação Médica Brasileira, empossada no

final de outubro, aconteceu na noite de 8 de novembro, na

sede da AMB, em Brasília. Na reunião de diretoria plena da

entidade, além da apresentação formal de todos os diretores,

aconteceram as discussões iniciais sobre ações a serem desen-

volvidas em 2006, independentemente das metas traçadas

durante planejamento estratégico conjunto com o Conselho

Federal de Medicina (matéria acima).

O presidente da AMB, José Luiz Gomes do Amaral,

abriu a reunião, agradeceu a confiança recebida e, de

forma metafórica, apontou como pretende dirigir a

entidade. “A diretoria da AMB deverá funcionar como uma

orquestra, na qual o maestro nunca toca, e sim

somente os seus músicos”, disse. “O que sempre admirei na

administração de Eleuses Paiva foi a sua capacidade de

evitar conflitos, e gostaria de mantê-la em nossa

gestão. Por isso todos terão oportunidade de se manifestar”,

completou Amaral.

• Regulação profissional

• Criação de Comissões Estaduais

• Campanha institucional na mídia

• Ações contra o exercício ilegal da medicina

• Criação de Comissão Parlamentar

• Inserção do tema em todos os congressos médicos

• Implantação da unidade em função da “Ordem dos Médicos”

• Criação de Comissão funcional da “Ordem dos Médicos”

• Integração da Fenam no objetivo “Ordem dos Médicos”

• Processo de consulta aos médicos sobre a “Ordem”

• Coordenação das ações das três entidades

• Discussão de carga tributária

• Promoção da inserção do médico nos movimentos sociais

• Parcerias com órgãos como Procon, Idec, OAB, MP...

• Apoio a médicos parlamentares

• Criação de Comissões Estaduais para inserção política/social

do médico na sociedade

• Criação de pauta propositiva para partidos políticos e candidatos

• Mobilização junto à Frente Parlamentar da Saúde pela

regulamentação da EC 29

• Fiscalização sobre o cumprimento da Lei Responsabilidade Civil

• Defesa dos princípios do SUS e da remuneração adequada

• Defesa do Plano de Carreira, Cargos e Salários – PCCS

• Referenciamento da CBHPM no SUS

• Implantação da CBHPM

• Regulamentação dos PLs 3466 e 4469

• Mesa de negociação com a saúde suplementar

• Divulgação de ações jurídicas contra a CBHPM

• Agenda específica das entidades sobre CBHPM

• Oficialização da CBHPM como rol da ANS

• Negociações comMEC, Academia, Soc. Esp. sobre atualização

• Parceria para cursos de atualização em economia e gestão

• Mecanismos para atrair profissionais ao processo de atualização

• Viabilização de educação à distância

• Incrementação do Projeto Diretrizes

• Redução de custos nos congressos e cursos de especialização

Avaliação do ensino médico (faculdades, residência médica,

pós-graduação e especialização)

• Fiscalização e fechamento dos cursos de medicina

• Exame de Ordem

• Apoio ao PL 65/03

• Estudo sobre o número de médicos, especialistas e sua

distribuição no país

Estudo sobre mercado de trabalho no Mercosul

• Cooperação científica entre os países na formação médica

• Revalidação automática de diplomas

• Pesquisa sobre indicadores da saúde em outros países

• Política contrária à “importação” de médicos

REGULAMENTAÇÃO

DAPROFISSÃOMEDICA

INTEGRAÇÃO DAS

ENTIDADES MÉDICAS

INSERÇÃO POLÍTICA/

SOCIAL DOS MÉDICOS

SISTEMA ÚNICO

DE

SAÚDE

SAÚDE SUPLEMENTAR

ENSINO MÉDICO

ATUALIZAÇÃO

PROFISSIONAL

ASSUNTOS

INTERNACIONAIS

Atualmente, a diretoria esforça-se no sentido de

reestruturar as Comissões existentes na entidade.

“O trabalho da AMB enfoca diversas ações em

diferentes áreas. Há uma série de questões que precisam

ser reestruturadas, assim como as muitas Comissões exis-

tentes”, justificou o presidente da AMB.

Algumas propostas surgidas durante a reunião, como

a continuidade participativa na Associação Médica Mun-

dial e a criação de uma Comissão Parlamentar, já foram,

inclusive, sugeridas no encontro de planejamento estraté-

gico AMB/CFM.

Durante o encontro, vice-presidentes e os responsáveis

por diversas diretorias, como Proteção ao paciente,

Diretoria cultural tiveram oportunidade de apresentar pro-

jetos e planos de trabalho. “A diretoria executiva da enti-

dade estará à disposição de todos os diretores, oferecendo

o suporte necessário para o desenvolvimento de suas

ações”, destacou o 1º secretário daAMB,Aldemir Humbrto

Soares, ao final da reunião.

TEMA PRINCIPAL

PRINCIPAIS PROPOSIÇÕES

Fotos: César Teixeira