Background Image
Previous Page  7 / 36 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 7 / 36 Next Page
Page Background

Entrevista

vemos exigir que os programas

de residência confrontem seus

jovens médicos com novas tec-

nologias. Mas, daí, emergem

dois problemas: o primeiro é a

abertura de novos programas

de residência médica, à revelia

da associação, pautados por cri-

térios mais políticos do que téc-

nicos. O segundo problema é a

falta de estrutura nos serviços

que pretendem acolher os no-

vos profissionais. Cabe aos go-

vernos criar condições logísti-

cas para que esses profissionais

possam se distribuir ampla-

mente pelo território nacional.

A otorrinolaringologia moder-

na incorporou muita tecnolo-

gia, tanto no diagnóstico como

nos procedimentos. É óbvio que

o jovem egresso da residência

irá buscar um posto de traba-

lho, preferencialmente, em cen-

tros que possibilitem colocar

em prática todo o seu vasto co-

nhecimento acumulado.

JAMB: A atual qualificação

do programa de residência

no país é satisfatória?

SS:

Sim, ela é abrangente e es-

pecializada. A Comissão de Trei-

namento e Residência (CTR) da

ABORL-CCF tem um papel fun-

damental na promoção perió-

dica de ajustes necessários para

explorar os três anos de for-

mação de um especialista, seja

na forma de residência médi-

ca, com programa credencia-

do pelo Ministério da Educação

(MEC), seja via especialização,

com programa credenciado

pela ABORL-CCF. A formação do

especialista abrange toda a área

da Otorrinolaringologia, envol-

vendo métodos diagnósticos

avançados e terapêuticos espe-

cializados, associados à pesqui-

sa básica e aplicados à nossa

especialidade. O ensino da Ima-

ginologia em Cabeça e Pescoço

também é umdiferencial que se

busca na formação desses pro-

fissionais. (Resposta redigida

em parceria com o Prof. Dr. Ge-

raldo P. Jotz, presidente da CTR).

JAMB: Em que nível podemos

situar a otorrinolaringologia

exercida hoje no Brasil

comparada a outros países?

Está suficientemente

desenvolvida?

SS:

Não tenho dúvidas de que, as-

sistencialmente, a otorrinolarin-

gologia brasileira está na van-

guardamundial da especialidade.

Por outro lado, no âmbito acadê-

mico e das publicações, apesar

de contarmos com ilhas de exce-

lência, no geral, percebo que os

trabalhos científicos têm uma

participação tímida no cenário

mundial. Um dos nossos proje-

tos mais ambiciosos é a interna-

cionalização da ABORL. Já temos

nosso gabarito técnico-científi-

co reconhecido globalmente, po-

rém, como associação, não pos-

suímos amesma visibilidade.

JAMB: De que forma a

ABORL atua em defesa

da especialidade?

SS:

A ABORL-CCF tem feito pes-

quisas regulares para saber

quais as necessidades e priori-

dades de nossos associados. O

tema da defesa profissional está

sempre entre aqueles de maior

anseio, e, já há algum tempo, em

diretorias anteriores, a associa-

ção vem trabalhando nesse sen-

tido. O objetivo de nossa gestão

é dar continuidade às ações já

em andamento, bem como apri-

morar e implementar outras

que consolidem nosso trabalho

em prol da defesa de nossa es-

pecialidade.

MARÇO/ABRIL

2015

JAMB

5