Entrevista
JAMB: Quais são as principais
metas durante sua gestão?
SS:
Trazemos uma série de pro-
postas e estamos abertos a ou-
tras tantas, mas elegemos três
eixos principais de atuação, que,
tenho certeza, devem pautar
nossa gestão:
1. Investir em tecnologia como
ferramenta de democratiza-
ção: iniciamos a reforma de
nosso auditório com o objeti-
vo de transformá-lo em um
estúdio completo de grava-
ção e difusão de conteúdo.
Será possível reunir colegas
que não possam estar pre-
sentes em nossas reuniões e
ampliar os grupos na tomada
de decisões.
2. Desenhar e certificar nossos
processos internos: preten-
demos buscar no mercado
SADY SELAIMEN COSTA
Presidente da Associação Brasileira de
Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-facial (ABORL-
-CCF) e professor-associado IV do Departamento de
Oftalmologia e Otorrinolaringologia da Faculdade de
Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul (Famed-UFRGS). Chefe da Divisão de Otologia e
Neurotologia do Sistema Mãe de Deus, em Porto Alegre, RS.
profissionais que, atuando
em conjunto com nosso di-
retor executivo, demais co-
laboradores e colegas treina-
dos nessa área, nos ajudem a
organizar minuciosamente
os múltiplos processos inter-
nos, com o objetivo de criar
um mapa operacional con-
sistente e reprodutível. Se,
ao final de todo esse traba-
lho, ainda formos agraciados
com a honra de uma chance-
la do tipo ISO 9001, será ain-
da melhor.
3. Contundência na defesa pro-
fissional e manutenção da
ética médica: desvios éticos
deverão ser constantemente
monitorados, investigados e,
quando comprovados, exem-
plarmente punidos, em um
processo pedagógico sem au-
toindulgências e de depura-
ção de nossos quadros.
JAMB: Quais são os principais
problemas enfrentados pela
especialidade no país?
SS:
Primeiro, a busca pela valo-
rização de nosso trabalho. Não
pouparemos esforços na bus-
ca por uma remuneração digna.
Talvez, até por meio da criação
de uma comissão permanen-
te de honorários médicos. Não
restam dúvidas de que essa é
uma bandeira que merece ser
empunhada, e nós somos por-
tadores das esperanças e ex-
pectativas de milhares de as-
sociados. Uma outra questão
fundamental é a mudança de
patamar tecnológico necessá-
ria ao pleno exercício da espe-
cialidade. Como entidade, de-
Crédito:divulgação
4
■
JAMB
■
MARÇO/ABRIL
2015