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MARÇO/ABRIL 2013

estudo revela aumento demédicos,

mas distribuição continua desigual

PESqUISA

as principais conclusões da pesquisa

Demograia Médica no Brasil 2:

Cenários e

indicadores de distribuição

, realizada pelos

conselhos Federal (cFm) e Regional de

medicina do estado de são Paulo (cremesp),

são de que os médicos estão mais numero-

sos, mal distribuídos, concentrando-se em

certas regiões geográicas e em algumas

especialidades.

além de atualizar informações do

primeiro volume - como a distribuição e

a presença de médicos no sistema Único

de saúde (sUs) e o peril demográico -, a

pesquisa traz dados inéditos sobre a migra-

ção de egressos das escolas de medicina, o

peril e a localização dos médicos formados

no exterior, dentre outros. O documento -

disponível no site do cFm

(http://www

.

portalmedico.org.br) - será encaminhado

às lideranças do movimento médico, parla-

mentares, gestores públicos e privados,

especialistas em saúde, ensino e trabalho.

Os conselhos de medicina pretendem

fazer a entrega formal dos resultados aos

ministros da educação, aloizio mercadan-

te, e da saúde, alexandre Padilha, para que

ambos possam ter conhecimento da atual

realidade médica.

Números

nos últimos 42 anos, o total demédicos no

país cresceu 557,7%, enquanto que a popula-

ção em geral aumentou 101,8%. em outubro

de 2012 o número demédicos ematividade no

Brasil chegava a 388.015. com este número,

se estabelece em nível nacional uma razão de

dois proissionais para 1.000 habitantes.

a Organização mundial de saúde (Oms)

estabelece como ideal a relação de pelo menos

um médico para cada 1.000 habitantes. nem

todos os estados brasileiros encontram-se

nesse patamar: a pior situação se veriica no

maranhão, com 0,71, seguido do Pará, com

0,84, e amapá, com 0,95. Por outro lado, o

distrito Federal é a unidade da Federação com

maior taxa de proissionais da área: 4,09 por

1.000 pessoas, seguido pelo Rio de Janeiro,

com 3,62, e são Paulo, com 2,64.

Por região, a norte é o lugar que proporcionalmente também tem

menos médicos: 1,01 para cada 1.000 habitantes. no nordeste, a proporção

é de 1,23. no centro-Oeste são 2,05 e no sul, 2,09. O sudeste é a região que

concentra mais médicos: 2,67 para cada 1.000 habitantes.

a capital que proporcionalmente tem mais médicos é Vitória: 11,61

proissionais por 1.000 habitantes, quase o quíntuplo da taxa do espírito

santo, que é de 2,17.

Fixação

O estudo indica que a ideia de instalar cursos de medicina onde há

carência demédicos - defendida peloministério da educação - não atingirá

seu objetivo. segundo a pesquisa, a localização das faculdades de medicina

pouco inluencia a decisão do futuro médico na hora de escolher onde vai