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JAMB

MARÇO/ABRIL DE 2001

8

ANADOR

Novos diretores da AMB

im-

p o r t â n c i a

do cargo é

total, plena e

absoluta e sua cria-

ção representa a

grande transfor-

mação que atra-

vessa a Asso-

ciação Médi-

ca Bras i -

leira. É o

p r o f i s -

s i o n a l

médi co

se a l i -

a n d o

ao seu

grande e verdadeiro parceiro que é o paciente”.

Foi assim que o ex-presidente da Sociedade Bra-

sileira de Citopatologia e atual diretor de Prote-

ção ao Paciente, Elias Fernando Miziara, comen-

tou sobre o novo cargo, criado em assembléia

da Diretoria Plena, dia 20 de fevereiro, na sede

da Associação Médica Brasileira, em Brasília.

Para ele, o principal problema enfrentado é a ques-

tão da adulteração do atendimento em função da

interferência do terceiro elemento na antiga relação

médico-paciente. “Hoje, os planos, as seguradoras e

as cooperativas de saúde passam a interferir nesta

relação, que deixou de ser linear e tornou-se trian-

gular. Isto cerceia o exercício da prática da medicina

obrigando o paciente a buscar serviços com traba-

lhos éticos abaixo da crítica”, explica o diretor.

Por isso, o objetivo principal do novo departamen-

to é, como o próprio nome diz, proteger o paciente

em todos os sentidos. Apesar das dificuldades, a ex-

pectativa é grande por parte da diretoria. “Espero

que essa mudança de postura da Associação Médi-

ca Brasileira faça com que haja uma linha de atua-

ção continuada e que possamos vir a intervir na as-

sistência à saúde que é deficitária no País”, diz

Miziara.

Assimcomo ele, Lynn Silver, representante do Idec

(Instituto de Defesa do Consumidor) - órgão suplente

da diretoria -, acredita que há muito o que fazer, e

espera agir de forma cinética para, assim, proteger o

usuário de saúde.

“ Desta forma, a Associação Médica Brasileira

terá um enfoque não somente médico, mas tam-

bém jurídico em prol dos pacientes”, diz. Segun-

do Lynn, os assuntos de interesse do Idec são a

segurança e o acesso dos medicamentos no mer-

cado e a questão dos Planos de Saúde e do SUS.

“Precisamos, ainda, junto com o diretor, identifi-

car os pontos de comum interesse para poder-

mos desenvolver os projetos em benefício da so-

ciedade”, finaliza.

ntegrar a Associa-

ção Médica Brasilei-

ra com os estudan-

tes do Brasil, trazendo-

os para a entida-

de a f im de

conhecê-la e

entendê-la é

o principal

o b j e t i v o

da re-

cém-cri-

ada Dire-

t o r i a

A c a d ê -

mica da

Associa-

ção Médica Brasileira. “Há um afastamento mui-

to grande dos estudantes ao associativismo, sim-

plesmente por desconhecerem as ações e as ati-

vidades realizadas. Eles sequer conseguem

mensurar ou quantificar a importância que tem

a sua entidade de classe”, explica Jurandir

Marcondes Ribas Filho, nomeado diretor do novo

cargo e atual presidente da Associação Médica

do Paraná.

Para ele, este vínculo é fundamental, pois no

futuro serão eles que ocuparão esses lugares. “Os

acadêmicos de medicina de hoje serão os coman-

dantes das entidades de classe amanhã. Por isso,

há uma grande necessidade de que eles come-

cem a se preocupar e a entender como elas fun-

cionam”, comenta Jurandir.

Apesar de recente, a diretoria já tem planos.

Ela pretende, ainda este ano, realizar, emCuritiba,

no Paraná, o I Congresso de Acadêmicos da Asso-

ciação Médica Brasileira.

“O projeto, que está bastante adiantado e em

fase de elaboração e viabilização, seria a princi-

pal ação efetiva do nosso departamento”, diz

Jurandir. E completa: “A expectativa é excelente.

Esperamos que este evento atenda a todos os

anseios da classe de estudantes do Brasil e da pró-

pria entidade”.

O estudante Felipe Correa Oliveira, represen-

tante da Direção Executiva Nacional dos Estu-

dantes de Medicina (Denem) - órgão que ocu-

pará a suplência da diretoria - concorda com

Jurandir. “A parceria entre o movimento estu-

dantil e o associativo e o contato institucional é

importantíssimo, pois os estudantes terão a

oportunidade de participar de uma entidade

que será deles no futuro”. Humberto Torreão

Herrera será outro representante da Denem na

Diretoria Acadêmica da Associação Médica Bra-

sileira.

Elias Fernando Miziara, Diretor

de Proteção ao Paciente

Jurandir Marcondes,

Diretor Acadêmico

Lincoln Freire,

primeiro vice-presidente

Ronado Rocha,

segundo vice-presidente

Arquivo

Arquivo

Arquivo

Arquivo

tendendo a nova

de t e rmi na ç ão

estatutária, apro-

vada no final do ano

passado pela Assem-

bléia de Delegados, a

diretoria Plena da

Associação Médi-

ca Brasileira indi-

cou, respectiva-

mente, os nomes

de Lincoln Marce-

lo Silva Freire e

Ronaldo da Ro-

cha Loures Bueno para os cargos de primeiro e

segundo vice-presidentes da entidade.

“Substituir a presidência, auxiliá-lo, sob sua de-

legação nos aspectos administrativos serão as ta-

refas principais”, explica Lincoln Freire, que tam-

bém preside a Sociedade Brasileira de Pediatria.

Além disso, outro trabalho a ser desenvolvido,

juntamente com o segundo vice-presidente, será

o de coordenar as participações e ações de todos

os dez vice-presidentes da entidade, integrando-

os à dinâmica administrativa da Associação Médi-

ca Brasileira.

“É preciso aproveitar o potencial de todos”, ob-

serva o primeiro vice-presidente. “Também vamos

procurar ajudar nas ações políticas junto aos par-

lamentares, liberando o presidente para outras ta-

refas também prioritárias da entidade”, completa

Lincoln Freire.

O novo cargo exigirá, tanto do primeiro vice

como do segundo, uma presença física mais in-

tensa na sede da entidade, a exemplo do que

acontece com a maioria dos integrantes da Dire-

toria Executiva.

“Nosso trabalho será pautado e basicamente vin-

culado com base na agenda de trabalho do presi-

dente da Associação Médica Brasileira”, afirma

Ronaldo Rocha. “Muitas

ações foram definidas du-

rante a realização do pla-

nejamento estratégico

AMB/CFM ocorrido em

Brasília, e exigirá enor-

me esforço não só

nosso, mas de

toda a diretoria na

busca por ações

políticas realmen-

te efetivas”, finali-

za o segundo vice-

presidente da As-

sociação Médica

Brasileira.