MAIO/JUNHO 2009
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do Sinasa, destacado por Sarvat,
é que o sistema respeita a relação
médico-paciente, preservada pela
ausência de intermediários, o que
não ocorre com os planos e segu-
ros-saúde convencionais.
Grupo técnico de esteriliza-
ção de materiais endoscópicos
Coordenado pelo presiden-
te da Sociedade Brasileira de
Infectologia, Juvencio Furtado,
o grupo reuniu-se pela segun-
da vez antes do encontro do
Conselho Científico para dar
andamento às discussões sobre a
esterilização de materiais endos-
cópicos. A proposta é atualizar a
Portaria nº 15/1988. (Mais deta-
lhes no boxe ao final da matéria)
Representação do Conselho
Nacional de Saúde
Grupo discute esterilização e desinfecção
Foto: César Teixeira
Ocorreu na tarde de 7 de
abril, na sede da AMB, a primei-
ra reunião do grupo de trabalho
que discute as formas de esterili-
zação e desinfecção de materiais
endoscópicos cujo acesso é feito
via orifícios naturais. O grupo foi
montado na reunião do Conse-
lho Científico da AMB de 19 de
março, e é composto pelas Socie-
dades de Endoscopia Digesti-
va, Urologia, Coloproctologia,
Otorrinolaringologia, Cirurgia de
Cabeça e Pescoço, Ginecologia e
Obstetrícia e Infectologia.
“Essa discussão surgiu com
a Resolução da Anvisa nº 08,
de 27 de fevereiro de 2009,
que suspende a esterilização
química por imersão, utilizan-
do agentes esterilizantes líqui-
dos, incluindo o glutaraldeído,
devido ao aumento nos casos
de contaminação por micobac-
téria de crescimento rápido.
Este grupo propõe-se a avaliar a
melhor forma de esterilização e de
desinfecção para os equipamen-
tos que não envolvem perfuração
de mucosas”, explicou Juvencio
Furtado, presidente da Sociedade
Brasileira de Infectologia e coor-
denador do grupo.
Na reunião do dia 23 de abril, o
grupo analisou a aplicabilidade da
Portaria n º 15/1988 da Anvisa, que
estabelece as “normas para regis-
tro dos saneantes domissanitários
com ação antimicrobiana”, aos
procedimentos médicos realizados
pelas especialidades envolvidas.
O diretor científico, Edmund
Baracat, expressou o desejo
do representante da AMB no
Conselho Nacional de Saúde
(CNS), Armando Guastapaglia,
de que houvesse participação
efetiva das Sociedades de Espe-
cialidade nas Comissões que
foram incluídas no CNS. O não
comparecimento enfraquece as
entidades médicas dentro do
Conselho.
Perícia Médica
A Associação Brasileira de
Medicina Legal demonstrou a
vontade de participar da emis-
são do certificado de área de
atuação em perícia médica. Para
tanto, irá manifestar-se oficial-
mente junto à Comissão Mista
de Especialidade.
Diretrizes autogeradas
Aldemir Humberto Soares,
1º secretário, pediu apoio das
Sociedades, pois devido ao
convênio AMB-ANS estão
sendo realizadas várias ofici-
nas para atender a demanda
por elaboração de diretrizes.
Os cursos para elaborado-
res passarão a ser gratuitos,
desde que cada participante
da Sociedade de Especialidade
seja responsável por uma dire-
triz. Se a Sociedade não quiser
participar, a AMB procurará
outro grupo para elaborar as
diretrizes. “É um momento
muito importante para os médi-
cos, pois irão inibir a produção
das diretrizes feitas pelos dos
planos de saúde”, disse.