JAMB
9
DEZEMBRO DE 2002
EMS
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Representantes de
entidades médicas,
entre elas aAssocia-
ção Médica Brasilei-
ra e o Conselho Fe-
deral de Medicina,
estiveram reunidos
no dia 11 de outu-
bro, na sede do Ministério da Justiça, com o ministro
Paulo de Tarso Ribeiro. A reunião teve como principal
objetivo o entendimento daquele Ministério, em espe-
cial da Secretaria de Direito Econômico (SDE), sobre
as tabelas de procedimentos médicos, as punições im-
postas pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa
Econômica) a diversas entidades e a possibilidade da
Entidades médicas repudiam abertura
de curso de medicina da Unicid
As entidades médicas vêm a público manifestar indignação quanto a
possível abertura do curso de Medicina pela Universidade Cidade de
São Paulo – Unicid, na Zona Leste da capital.
Ressaltamos que o Conselho Nacional de Saúde, órgão máximo de controle
social na saúde, manifestou-se contra a abertura do curso de medicina da Unicid
no dia 9 de outubro de 2002, por entender que não há necessidade social de mais
uma escola médica no Estado de São Paulo. Na mesma ocasião o CNS tomou
posição contrária à abertura de mais dois cursos de medicina em Minas Gerais.
O Brasil não precisa de mais médicos. São 283.000 profissionais em
atividade, sendo 37.000 na cidade de São Paulo. O País conta com 115 cursos
de medicina que formam por ano cerca de 9.000 médicos, a maioria concen-
trada nos grandes centros.
Há excesso de médicos na capital e também déficit de serviços de saúde.
Não existem serviços de saúde em quantidade na Zona Leste que permitam a
fixação de profissionais médicos ou que possam garantir a capacitação, com
qualidade, de estudantes de medicina na região.
O Brasil precisa sim é de bons médicos. Por isso defendemos uma profunda
transformação do atual ensino médico, capaz de formar profissionais com
perfil de acordo com as reais necessidades de saúde do povo brasileiro.
Alertamos a população sobre o risco que representa a proliferação de
escolas médicas sem condições adequadas de formar bons profissionais
Repudiamos a decisão do MEC de concessão de novos cursos de Medicina,
negócio lucrativo nas mãos dos empresários da educação, mas um engodo aos
seus futuros alunos e uma afronta aos profissionais e à sociedade.
Solicitamos que o MEC suspenda os processos em andamento, até que seja
elaborada uma política mais democrática e transparente para a abertura e
renovação de cursos de Medicina.
É a vida e a saúde da população que estão comprometidas.
COMUNICADO
• Associação Médica Brasileira
• Conselho Federal de Medicina
• Confederação Médica Brasileira
• Federação Nacional dos Médicos
• Conselho Regional de Medicina
do Estado de São Paulo
• Associação Paulista de Medicina
• Federação dos Médicos do Estado de
São Paulo
• Sindicato dos Médicos de
São Paulo
• Sindicatos dos Médicos de Campinas
e Região
• Direção Executiva Nacional dos
Estudantes de Medicina –
Regional Sul II
• Associação Brasileira de Educação
Médica – Regional de São Paulo
POSSE –
No dia 11 de outubro,
na sede do CFM, em Brasília, os
representantes da Associação
Médica Brasileira - Edvar Simões
e Aldemir Humberto Soares - titu-
lar e suplemente, respectivamente,
foram empossados como membros
do corpo de conselheiros do Con-
selho Federal de Medicina.
Na foto, Aldemir (esq.) e Edvar
(dir.) com o presidente do CFM,
Edson de Oliveira Andrade.
Ministério
da Justiça
implantação da Clas-
sificação Hierar-
quizada de Procedi-
mentos que está sen-
do elaborada pela
AMB, CFM, Socie-
dades de Especialida-
de, com a coordena-
ção da Fipe (Funda-
ção Instituto de Pes-
quisas Econômicas),
dentro de critérios
técnicos e econô-
micos.
“O ministro se mostrou sensível às dificuldades
que as entidades médicas vêm enfrentando e colo-
cou a SDE à disposição para discutir conosco a nova
lista de procedimentos e sua compatibilização com
a atual legislação em defesa do consumidor”, afir-
mou Aldemir Humberto Soares, primeiro secretá-
rio e representante da AMB na reunião.