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Mobilização

política, sim!

Aparelhamento, não!

A

ntes de mais nada, gostaria de agradecer.

Agradecer a todos os médicos brasileiros que

votaram na chapa 1 – AMB Sem Partido. Agra-

decer a todos os médicos mineiros que nos ajudaram a

construir uma estrada vitoriosa à frente da Associação

Médica de Minas Gerais (AMMG) nos últimos seis anos,

período tão importante para que eu obtivesse a expe-

riência necessária para aceitar o convite de meus pares

para enfrentar o desafio de conduzir a Associação Mé-

dica Brasileira (AMB) nos próximos três anos. Não po-

deria deixar de agradecer a confiança depositada em

mim pela diretoria anterior, principalmente na figura

do ex-presidente da AMB, Florentino Cardoso.

Dentre as muitas motivações que me fizeram en-

carar este desafio, destaco uma em especial: manter

a AMB livre dos interesses partidários. Todos sabem o

mal que vem corroendo nossas entidades depois que

grande parte delas foram aparelhadas por partidos

políticos e passaram a atuar de acordo com interesses

eleitorais e partidários, e não mais de acordo com as

necessidades e reclames dos próprios médicos e da

população em geral, que pede um sistema de saúde

realmente eficiente e focado na melhoria da saúde

de todos, e não em projetos e programas focados em

objetivos eleitoreiros e pirotécnicos. A população

quer saúde de verdade. Atendimento de qualidade. E

ela paga por isso. E caro. Não falo somente de quem

tem plano de saúde (estes pagam duas vezes), falo da

população mais carente, que utiliza um sistema sub-

financiado, mal gerido e muitas vezes fragilizado por

conta da corrupção.

Manter nossas instituições livres para lutarempelo

que realmente precisamos é fundamental. Os médicos

brasileiros, felizmente, entendem que isso é importan-

te. Tanto que elegeram a nossa chapa, AMB Sem Partido,

para conduzir a AMB no triênio 2017/2020.

Isso não quer dizer que tenhamos que nos alienar

do processo político ou não atuar junto aos poderes

constituídos. Mas devemos fazer isso com isenção, com

liberdade, focando nos interesses da saúde brasileira e

não deste ou daquele partido político. E é assim que fa-

remos. Estamos levando a cabo uma Frente Parlamen-

tar e um instituto de apoio a essa frente com esse ob-

jetivo. No Congresso Nacional é onde precisamos atuar.

É lá que precisamos ser representados e mostrar a nos-

sa força e os nossos pleitos. De forma digna, honesta e

transparente, como manda a democracia.

Sabemos que esta nossa postura desagrada alguns,

principalmente aqueles que já se apoderaram de algu-

mas de nossas instituições. Nos últimos anos, notamos

isso de forma clara.Mas isso não nos faz esmorecer, pelo

contrário. Nos deixa mais convictos de que se não prote-

germos nossas entidades desses ataques, amargaremos

um verdadeiro esfarelamento da classe e da saúde.

Infelizmente, não querem que levemos esta visão

adiante, fazendo de tudo para atacar e imobilizar a nos-

sa gestão, com litigância de má fé, mentiras, ameaças e

toda sorte de artimanhas antidemocráticas.

Não arredaremos um centímetro sequer de nosso

propósito de atuar firmemente na construção de solu-

ções para nosso sistema de saúde, que respeitem o cida-

dão e o médico.

Mais uma vez, obrigado a todos pela confiança

depositada. Em especial, a minha diretoria, que sabe o

tamanho do desafio que temos pela frente. Bom Ano-

-novo para todos. Boa leitura. Que em 2018 possamos

avançar nos nossos objetivos. E que toda classe médica

empurre para o mesmo lado. Unidos podemos mais. E

faremos mais e melhor.

Lincoln Lopes Ferreira

Presidente da Associação Médica Brasileira

AMB

Palavra do presidente

SETEMBRO/DEZEMBRO 2

017

JAMB

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