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Associação Médica Brasileira (AMB) tem pro-
curado atuar com o máximo de sua capaci-
dade em busca de melhorias para a saúde, a
medicina e a vida do médico. Que estejamos cada vez
mais unidos e fortes para fazer ainda mais! É funda-
mental que todas as nossas federadas e regionais, as-
sim como as sociedades de especialidade, compreen-
dam isso. Juntos somos muito fortes.
Tivemos ganhos, avançamos e surgiram perspectivas
de dias melhores. Embora imaginemos complicada e di-
fícil a atual conjuntura econômica-política-social do Bra-
sil, dado o descalabro (para ser suave) com que o país foi
governado, especialmente na última década, é possível ir
ainda mais adiante e proporcionar ganhos para nossa po-
pulação, que continua sofrendo com o descaso na saúde
(longa espera emfilas emortes evitáveis ocorrendo).
Novas gestões assumiram as prefeituras, mas mais
uma vez vimos como os médicos têm sido tratados: des-
caso, falta de compromisso, desrespeito. Vários demitidos,
muitos sem que tenham recebido aquilo que tinham direi-
to (sofrem calotes). Isso tem se repetido continuadamente.
Preocupa-nos a premissa do acesso aos serviços de saúde,
semque seobservequalidade.Nãopodemos trabalhar com
oque temosdemaisnobre–a saúdedaspessoas –,semque
haja enorme rigor na qualidade.Urge que cresçamos no tra-
balho coletivo, qualificado, alicerçado em fortes evidências
científicas,commétricas relacionadas tambémaodesfecho.
Começamos 2017 com o mesmo espírito lutador, de
bravura, sem medo, sem interesses pessoais, pensando
no coletivo, no correto, no melhor. Se julgarem que o ca-
minho não está certo, que nos guiempara outro melhor,
que seja o ideal, preferencialmente. Devemos ter a cer-
teza de que formamos um ótimo time, irmanados pelas
boas ideias e causas excelentes, para que todos estejam
fortalecidos, e a população viva mais e melhor.
Em 2017 temos vários projetos, que pretendem difun-
dir cada vez mais a saúde baseada em evidências científi-
cas e o conhecimento, chegando a diferentes regiões, mes-
mo as mais longínquas e de difícil acesso. Que possamos
avançar no ensino a distância, que utilizemos melhor os
dados e apliquemos as informações como ferramentas de
gestão! Que a tecnologia da informação seja bem utiliza-
da, mudando alguns paradigmas! Que entendamos cada
vez melhor o trabalho multidisciplinar! Que consigamos
melhores desfechos, preocupando-nos, sim, com o custo
em saúde! Não há recursos para “dar tudo a todos”. Tem
evidências o que estamos oferecendo? É a melhor opção?
Posso fazer commenor custo, semsacrificar a qualidade?
Percebemos melhor diálogo com o atual governo fe-
deral, mesmo sabendo que temos diferenças. Juntemos
nossas experiências e proporcionemos crescimento e
melhorias. O Ministério da Saúde precisa entender que
queremos ajudar, que temos médicos dedicados e com-
petentes. Será que não é preciso mudar alguns dos pro-
gramas existentes? Extinguir alguns, aperfeiçoar outros?
E nosso Ministério da Educação deve focar mais na quali-
dade. Temos muitas escolas (médicas, inclusive) que não
formam adequadamente as pessoas. Como estão nossos
ensinos fundamental, médio e superior? Por que existe
tão elevado número de escolas de medicina? Qual é o
produto que muitas delas colocarão no mercado? Forme-
mos com qualidade. Pensar somente em quantidade vai
colocar nosso povo em risco. Há muitos “cursos” espalha-
dos pelo Brasil emnível de pós-graduação semqualidade.
Nosso intuito é colaborar, para ver um Brasil me-
lhor no futuro. E que isso aconteça rápido. Nossas ener-
gias, inteligência e capacidade de diálogo e trabalho
devem convergir para bons propósitos e ideais. O futuro
promete se fizermos tudo certo.
Saúde é nosso bem maior e o povo brasileiro mere-
ce respeito!
Florentino Cardoso
Presidente da AssociaçãoMédica Brasileira
Palavra do Presidente
AMB
Nosso mundo
associativo
JANEIRO/FEVEREIRO 2
017
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JAMB
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