Médicos Residentes
Paralisação de residentes
garante reajuste para 2017
Celina Lopes
A
inclusão do reajuste da
bolsa auxílio no orça-
mento de 2017, votado
no dia 21 de dezembro na Assem-
bleia Legislativa do Estado de São
Paulo (Alesp), foi fruto de muito
trabalho da Associação dos Mé-
dicos Residentes do Estado de São
Paulo (Ameresp). Os residentes en-
cerraram a paralisação, iniciada
em 10 de outubro, após a votação
na Alesp. No momento, avaliam
como irão conduzir a luta pelos
valores retroativos, os quais não
foram contemplados no orçamen-
to aprovado.
A Portaria Interministerial n° 3,
de 16 de março de 2016, dos Minis-
térios da Educação e da Saúde, que
determinou um aumento de 11,9%
a partir do mês de sua publicação,
não foi respeitada pelo governo do
Estado nem pela Prefeitura de São
Paulo. A portaria foi a formalização
do acordo feito no final de 2015, re-
sultado do Movimento Nacional de
Valorização da Residência, que en-
volveu residentes de todo o país du-
rante a paralisação no final daque-
le ano, a qual também pleiteava
outras oito pautas tão importantes
quanto a questão do reajuste.
“Todos os médicos residentes
cujas bolsas são pagas pelo Mi-
nistério já estavam recebendo os
valores corrigidos. O mesmo acon-
tecia com quem está vinculado às
secretarias estaduais e municipais
do país inteiro, exceto São Paulo e
a cidade de São Paulo”, relata Flávio
Taniguchi, presidente da Ameresp
e recém-eleito presidente da Asso-
ciação Nacional dos Médicos Resi-
dentes (ANMR).
Os primeiros a paralisarem
foram os residentes que recebem
pela Prefeitura, iniciando o mo-
vimento o Hospital Municipal In-
fantil Menino Jesus, seguido pelo
Hospital Municipal Maternidade-
-Escola de Vila Nova Cachoeirinha.
A resposta do município veio pou-
cos dias depois, dia 20 de outubro,
quando foi publicada portaria con-
cedendo o reajuste a partir de no-
vembro de 2016.
Os que recebem as bolsas pelo
Estado de São Paulo decidiram pela
paralisação a partir do dia 10 de
novembro, lamentando a intran-
sigência e o pouco caso com que
a situação estava sendo tratada.
Durante mais de um mês, sob a
coordenação da Ameresp, diversos
serviços do Estado paralisaram e
manifestações foram feitas na capi-
tal e no interior, buscando sensibi-
lizar o governo e o legislativo a res-
peito da questão. Isso oportunizou
agendamento de reuniões entre as
lideranças do movimento e deputa-
dos para esclarecer a situação. São
Paulo era o único estado que ainda
não havia implementado o novo
valor regulamentado pela Portaria
Interministerial.
Residentes do Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
Ameresp
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