H
b
A1
c
levels
in
individuals
heterozygous
for
hemoglobin
variants
R
ev
A
ssoc
M
ed
B
ras
2017; 63(4):341-346
345
Dosage of HbA1c does not apply in homozygous
conditions to anomalous hemoglobins under any meth-
od, because, in these cases, hemoglobin A is practically
absent. However, when an interfering hemoglobin variant
is visualized or suspected, samples should be analyzed
using an alternative method. In such cases, tests such as
fructosamine and/or glycated albumin may be useful.
2,21,31
Bouzid et al.
32
suggest that laboratory professionals
add a footnote that reads: “Quantification of HbA1c was
not possible using this method due to the presence of ho-
mozygous HbS or HbC variants or heterozygous SC com-
pounds. We suggest fructosamine or another alternative.”
This would provide the physician with the information
needed to properly manage these diabetic patients.
Lower levels of hemoglobin affect A1c measurement
and, since women have lower hemoglobin levels than men,
the A1c result will suffer interference and the reference
value should be different.
33
C
onclusion
Our study evaluated HbA1c using ion exchange chroma-
tography, and the patients heterozygous for hemoglobin
variants did not present a significant difference compared
to the control group.
Based on the results of this study, members of the
medical community should consider an assessment of
laboratory results due to the differences in method em-
ployed for diagnostic support. When assessing labora-
tory results, the interpretation must include patient his-
tory, which may contain data related to the ethnic and
socioeconomic characteristics of that specific population.
R
esumo
Dosagem de hemoglobina glicada em heterozigotos para
hemoglobinas variantes
Objetivo:
Avaliar os níveis de hemoglobina glicada em
pacientes heterozigotos para hemoglobinas variantes e
comparar os resultados deste exame com grupo controle.
Método:
Trata-se de um estudo experimental, baseado
na comparação do exame de hemoglobina glicada de duas
populações diferentes, sendo um grupo teste, represen-
tado por indivíduos heterozigóticos para hemoglobinas
variantes (AS e AC) e um grupo controle, constituído por
pessoas com perfil eletroforético AA. As duas populações
verificadas devem obedecer ao critério de inclusão: glice-
mia de jejum, hemoglobina, ureia e triglicérides normais,
bilirrubina > 20 mg/dL e não fazer uso de ácido acetilsa-
licílico. Foram avaliados 50 indivíduos heterozigotos e
50 controles no período de agosto de 2013 a maio de 2014.
A comparação dos valores de hemoglobina glicada entre
indivíduos heterozigóticos e controle foi realizada por
meio do desvio padrão, média e teste G.
Resultados:
O estudo analisou um grupo teste e um
grupo controle, ambos com 39 adultos e 11 crianças. A
média dos adultos heterozigotos para HbA1c foi de 5,0%,
o grupo controle apresentou índice de 5,7%. Já as crian-
ças heterozigóticas obtiverammédia de HbA1c de 5,11%,
enquanto as normais apresentaram valores médios de
5,78%. O valor do teste G foi de p=0,9 para crianças e
p=0,89 para adultos.
Conclusão:
Este estudo avaliou HbA1c pela metodolo-
gia de cromatografia de coluna com resinas de troca
iônica, em que pacientes com heterozigoses para hemo-
globinas variantes não apresentaram uma diferença
significativa em relação ao grupo controle.
Palavras-chave:
hemoglobina A glicosilada, cromatogra-
fia por troca iônica, hemoglobinas.
R
eferences
1.
Suso K, Engroff P, Luísa E, Moriguchi Y, Carli G, Marrone FB. Prevalência
de diabetes mellitus e correlação entre testes de glicemia em pacientes idosos
atendidos no ambulatório do Instituto de Geriatria e Gerontologia. Rev
Bras Anal Clin. 2011; 43(2):155-9.
2.
Pimazoni Netto A, Andriolo A, Fraige Filho IF, Tambascia M, Gomes MB,
Melo M, et al. Atualização sobre hemoglobina glicada (HbA1c) para avaliação
do controle glicêmico e para diagnóstico do diabetes: aspectos clínicos e
laboratoriais. J Bras Patol Med Lab. 2009; 45(1):31-48.
3. Camargo JL, Gross JL. Glico-hemoglobina (HbA1c): aspectos clínicos e
analíticos. Arq Bras Endocrinol Metab. 2004; 48(4):451-63.
4. American Diabetes Association (ADA). Standards of medical care in diabetes
- 2014. Diabetes Care. 2014; 37(Suppl 1):S14-80.
5. Grupo Interdisciplinar de Padronização da Hemoglobina Glicada (A1C). He-
moglobina glicada. PosicionamentoOficial (versão 2003). A importância da he-
moglobina glicada (A1C) para a avaliação do controle glicêmico em pacientes
comdiabetes mellitus: aspectos clínicos e laboratoriais [cited 2008Nov 21]. Avai-
lable from:
http://www.sbpc.org.br/profissional/noticia.diverso.php?id=8&tp=3.6. Grupo Interdisciplinar de Padronização da Hemoglobina Glicada (A1C).
Posicionamento Oficial (versão 2009). Atualização sobre hemoglobina
glicada (A1C) para avaliação do controle glicêmico e para diagnóstico do
diabetes: aspectos clínicos e laboratoriais [cited 2016 Jun 30]. Available from:
www.sbpc.org.br/upload/conteudo/320110603170201.pdf.7. National Glycohemoglobin Standardization Program. IFCC Padronização de
HbA1c. 2010 [cited 2016 Jun 30]. Available from:
http://www.ngsp.org/ifcc.asp.8.
Khuu HM, Robinson CA, Goolsby K, Hardy RW, Konrad RJ. Evaluation of
a fully automated high-performace liquid chromatography assay for
hemoglobin A1C. Arch Pathol Lab Med. 1999; 123(9):763-7.
9.
Sacks DB, Bruns DE, Goldstein DE, Maclaren NK, McDonald JM, Parrott
M. Guidelines and recomendations for laboratopry analysis in the diagnosis
and management of diabetes mellitus. Clin Chem J. 2002; 48(3):436-72.
10.
Sacks DB, Burtis CA, Ashwood ER, Bruns DE. Textbook of clinical chemistry
and molecular diagnostics. St Louis: Elsevier Saunders; 2006. p. 837-901.
11.
Sumita NM, Andriolo A. Importância da hemoglobina glicada no controle
do diabetes mellitus e na avaliação de risco das complicações crônicas. J Bras
Patol Med Lab. 2008; 44(3):169-74.
12. Weykamp CW, Penders TJ, Muskiet FA, van der Slik W. Influence of
hemoglobin variants and derivatives on glycohemoglobin determinations,
as investigated by 102 laboratories using 16 methods. Clin Chem. 1993;
39(8):1717-23.