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MAIO/JUNHO 2011
científico
Dentro das atividades da AMB na
Feira Hospitalar o Conselho Cientí-
fico foi convocado no dia 26 de maio
para debater a qualidade na formação
do especialista, na titulação na assis-
tência e na atualização profissional.
Presidindo os trabalhos estavam José
Luiz Gomes do Amaral, presidente da
AMB, e Aldemir Humberto Soares,
secretário-geral, como coordenador.
Qualidade na formação do
especialista
Wilson Mello Jr., representante da
Comissão de Avaliação de Especialista
da Sociedade Brasileira de Ortopedia e
Traumatologia (SBOT), explicou como
a capacitação do médico pode influir
positivamente no atendimento prestado.
Mello frisou a importância da figura do
preceptor e apresentou o trabalho desen-
volvido pela SBOT, avaliando os progra-
mas de residência médica. Além disso, a
entidade organiza todos os anos o exame
de avaliação do residente emortopedia.
“Para que haja qualidade na forma-
ção do especialista é preciso que os
preceptores sejam preparados para tal
e que os serviços de residência sejam
bem avaliados”, concluiu Mello.
Qualidade na titulação do
especialista
José Bonamigo, coordenador da
Comissão de Normatização do Título
de Especialista da AMB, listou algu-
mas das ações da AMB, realizadas
por meio desta Comissão, que podem
garantir a qualidade do especialista:
uniformização das regras para apli-
cação dos exames de especialistas,
renovação dos conteúdos dos progra-
mas de residência médica e criação de
programas nas áreas de atuação reco-
nhecidas.
“No futuro, pretendemos unifi-
car os títulos de especialistas, avaliar
as habilidades incorporadas durante
a formação e aplicar mecanismos de
controle de qualidade dos programas”,
explicou Bonamigo.
Qualidade na assistência
Wanderley Bernardo, coordena-
dor do Programa Diretrizes, abor-
dou como as diretrizes baseadas em
evidências científicas garantem a
qualidade na assistência, pois padro-
nizam condutas, explicitam os danos
e benefícios à população-alvo, equi-
libram interesses à luz da evidência
e minimizam conflitos. “Graças ao
compromisso e envolvimento das
sociedades de especialidade, temos
conseguido elaborar informação de
boa qualidade, que pode ser imple-
mentada em todas as esferas políticas”,
disse Bernardo.
Qualidade na atualização
profissional
O aumento das opções educacio-
nais, como acesso à internet e busca
de material que pode trazer grande
impacto no cuidado como paciente, foi
o enfoque da apresentação de Leonardo
da Silva, coordenador do Programa de
Educação Médica Continuada. O setor
oferece aos médicos atualmente quatro
programas de atualização: sobre emer-
gências médicas, sepse, combate ao
tabagismo e sobre estatística.
“Em breve pretendemos lançar
aulas sobre alcoolismo, que estarão
disponíveis nos formatos .mp3, .pdf e
em vídeo, e sobre atendimento de víti-
mas de desastres”, falou Silva.
Comissão de Assuntos Políticos
José Luiz Mestrinho, diretor de
Assuntos Parlamentares da AMB e
integrante da Comissão de Assuntos
Políticos (CAP), explicou aos represen-
tantes das Sociedades de Especialidade
o funcionamento do trabalho desta
comissão e apresentou a nova edição da
Agenda Parlamentar da Saúde Respon-
sável. De acordo com Mestrinho, a
CAP é o braço direito das entidades
para promover a saúde e beneficiar não
só os médicos, mas a população.
“É de fundamental importância
que as sociedades de especialidade,
Conselho Científico debate
qualidade em medicina
Científico: preocupação com a qualificação médica
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