Presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG),
graduado pela Universidade de Brasília, pós-graduado em Geriatria no Hospital
Universitário de Brasília e Especialista emMedicina de Família e Comunidade pela
SBMFC/AMB. Coordena a Atenção à Saúde do Idoso da Cidade de Fortaleza, CE.
Quais as suas principais metas nesta gestão?
Nesses 52 anos da Sociedade Brasileira de Geria-
tria e Gerontologia (SBGG), houve muitas con-
quistas e avanços no conhecimento do envelhe-
cimento humano e na formação de especialistas
na área. Hoje, temos residência em geriatria nos
principais hospitais de ensino do país. A discipli-
na de geriatria já está no currículo de muitas facul-
dades de medicina. Atualmente, considero que a
principal meta da SBGG é impulsionar a difusão
do conhecimento em saúde do idoso aos profis-
sionais de saúde que atuam nessa área. Apesar do
crescimento no número de geriatras, o déficit de
médicos que tenham o conhecimento apropriado
para o atendimento ao idoso ainda é muito grande
e precisamos, com brevidade, melhorar a qualida-
de desse atendimento.
O que o associado deve esperar
dessa nova diretoria?
Todos os membros da nova diretoria estão com
muita disposição. Nos últimos anos, a SBGG
avançou bastante na profissionalização dos seus
processos. Agora é o momento de consolidação
dessa posição, e o associado espera isso.
Quais os principais problemas enfrentados
pela geriatria e gerontologia hoje no país?
Uma das questões que mais afligem os associa-
dos é que a nossa especialidade não é conheci-
da por grande parte dos profissionais de saú-
de. Ainda não sabem qual o papel do geriatra e
do gerontólogo, e como atuam. E, consequen-
temente, os financiadores do Sistema de Saúde,
os serviços e os pacientes não reconhecem o va-
lor desses profissionais. De qualquer forma, não
considero um problema, e sim mais um desafio
para a SBGG.
A qualificação do programa de residência
em geriatria e gerontologia é satisfatória?
Quanto a essa questão, também avançamos bas-
tante. Existem critérios bem definidos em rela-
ção aos qualificadores dos programas de residên-
cia em geriatria. Há um grupo na SBGG bastante
empenhado nesse assunto.
Os valores dos principais procedimen-
tos da especialidade pagos atualmen-
te contemplam os anseios da categoria?
Nos últimos anos, essa é uma das questões que
a Diretoria de Defesa Profissional da SBGG vem
discutindo com diversas entidades. Vejo que ain-
da estamos nessa relação como financiadores do
Sistema de Saúde, muito distante da satisfação
dos anseios da SBGG.
Como pretende atrair novos
sócios e recém-formados?
Se eles não enxergarem valor em serem associa-
dos à SBGG, nós falhamos. Nós precisamos cui-
dar dos nossos associados como clientes.
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João Bastos Freire Neto
Entrevista
AMB
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JAMB
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julho/agosto
2014