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Conselho de Defesa

Profissional questiona

definição da ANS

Fator de qualidade, tema de debates no Conselho de Defesa Profissional

N

o dia 2 de julho, o Conse-

lho de Defesa Profissional

da Associação Médica Bra-

sileira (AMB) se reuniu, sob a coorde-

nação de Emílio César Zilli, para a rea-

lização de mais uma rodada interna

de discussões a respeito do “fator de

qualidade”. O indicativo foi adotado

pela Agência Nacional de Saúde Su-

plementar (ANS) e publicado na Re-

solução Normativa (RN) 364, que, de

acordo com o documento, “dispõe so-

bre a definição do índice de reajus-

te a ser aplicado pelas operadoras

de planos de assistência à saúde aos

seus prestadores de serviços de aten-

ção à saúde em situações específicas.”

A coordenadora da Classificação

Brasileira Hierarquizada de Procedi-

mentos Médicos (CBHPM), Miyuki

Goto, esclareceu de que forma o “fa-

tor de qualidade” valerá nas nego-

ciações contratuais. “A ANS criou

esse fator para ser aplicado aos con-

tratos de livre negociação em que

não houver acordo entre as partes

ao término do período e for aplicado

o índice de reajuste da ANS, o Índice

Nacional de Preços ao Consumidor

Amplo (IPCA)”, explica.

No entanto, da forma como foi

proposto na RN, o fator de qualidade

tem gerado debate e desaprovação

da categoria médica, uma vez que

não funciona como índice aditivo,

mas, sim, punitivo dentro do reajuste.

A posição é reforçada por Zilli, diretor

de Defesa Profissional. “De antemão,

não aceitaremos nenhuma valoração

de qualidade que sirva como puni-

ção. Entendemos que qualidade deve

premiar quem a pratica, para desen-

volver omelhor exercício profissional.

Isso, emúltima análise, vai beneficiar

o paciente.”

Goto esclareceu que não há um

entendimento comum em relação a

essa questão. “Ainda é preciso discu-

tir os conceitos de qualidade, qualifi-

cação e resultados de maneira ampla,

de forma que ainda não é possível de-

fini-los ou aplicá-los.”

A RN 364 consta, na íntegra, no

site

da ANS.

O que seria ‘qualidade’ para a ANS? Dar alta

mais rapidamente ao paciente? Passar menos

remédios, pedir menos exames? Ou será que é

aquilo que agrega valor ao tratamento, umamelhor

performance

? Isso nós estamos dispostos a discutir.

Emílio Zilli

Defesa profissional

CBHPM

Em reunião da Câmara Técnica

da CBHPM, realizada no dia 31

de julho, foram solicitadas as

revisões de valoração de proce-

dimentos em endoscopia res-

piratória, de porte de visita hos-

pitalar a paciente internado e

a proposta de inclusão de pro-

cedimentos em reumatologia

e otorrinolaringologia.

Cr

édito:AMB

20

JAMB

JULHO

/

AGOSTO

2015