33
J O R N A L D A
A S S OC I A Ç ÃO MÉ D I C A B R A S I L E I R A AMB
- JAN/ FEV -
2 0 0 8
Reunida entre os dias 11 e 12 de
dezembro, em Brasília, no Ministério
da Educação, a Comissão Nacional de
Residência Médica (CNRM) aprovou
a minuta final da resolução que define
os papéis e a hierarquia dos profissio-
nais responsáveis pelo andamento dos
programas de residência médica.
O texto determina as funções do
coordenador, supervisor, preceptor e
do tutor. Segundo José Bonamigo,
representante da Comissão Mista de
Especialidades, esta resolução unifor-
mizará as nomenclaturas utilizadas
pelos programas de residência de todo
o País, de forma a possibilitar um
estudo comparativo. Outro assunto
discutido foi em relação a alguns
programas de residência médica
paulistas, que não passam por vistoria
há mais de cinco anos. Tal situação se
deve ao fato de o Estado concentrar
60% de todos os programas do país.
Para tanto, foi montada uma subco-
missão que desenvolverá uma estra-
tégia para redistribuir a Comissão
Estadual de Residência Médica de São
Paulo. Representando a AMB estará,
além de Bonamigo, Renato Passini.
Antonio Carlos Lopes
deixa a CNRM
Após quatro
anos à frente da
CNRM como
secretário exe-
cutivo, o profes-
sor titular da
Disciplina de
Clínica Médica
do Departa-
mento de Medicina da Unifesp,
Antonio Carlos Lopes (foto), pediu
Reunião da CNRM define papéis
demissão. Em sua gestão, Lopes
ampliou a participação das Socie-
dades de Especialidade e da Academia,
resgatou a preceptoria, abriu 700 novas
bolsas, instituiu critérios rigorosos
para avaliação dos cursos, adequou a
duração dos vários programas das
especialidades, criou o estágio optati-
vo para residentes em regiões de
fronteira e de difícil acesso, a prova
prática no processo seletivo entre
outras resoluções que representam no
seu conjunto grande avanço na Resi-
dência Médica, colocando-a em um
novo patamar de excelência. Para o
seu lugar foi convidado o psiquiatra
mineiro José Carlos de Souza Lima.
Formado pela Universidade Federal de
Juiz de Fora (MG), Souza Lima foi
fundador e presidente da Comissão
Estadual de Residência Médica do Rio
de Janeiro.
Câ m a r a s t é c n i c a s
CBHPM
Os membros da Câmara Técnica Permanente da CBHPM reuniram-se no final de novem-
bro, na AMB, com representantes do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), da Sociedade
Brasileira de Neurofisiologia Clínica e da Comissão de Combate ao Tabagismo. Além disso,
foram avaliadas solicitações da Sociedade Brasileira de Anatomia Patológica e Neurofisiologia
Clínica.
IMPLANTES
As definições de órteses e próteses encaminhadas pelas Sociedades de Especialidade foi o
tema principal da pauta de discussões da Câmara Técnica de Implantes da AMB, reunida na
sede da entidade, em São Paulo, no dia 27 de novembro. Também foi discutida a necessidade de
as Sociedades de Especialidade elaborarem diretrizes que avaliem os procedimentos realizados,
de forma a registrar os resultados das intervenções cirúrgicas e a performance dos dispositivos
utilizados. A Câmara Técnica sugere ainda um outro tipo de diretriz, que determine a quem é
destinado certo procedimento e qual material deve ser utilizado. Por fim, a Câmara Técnica de
Implantes considerou importante o estreitamento das relações com a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) e sua Câmara Setorial de Produtos de Saúde.
MATERIAIS E MEDICAMENTOS
A Câmara Técnica esteve reunida em dezembro, na AMB, para tratar da regulamentação
dos preços de medicamentos genéricos. O encontro contou com a participação do chefe do
Núcleo de Assessoramento Econômico em Regulação da Anvisa, Pedro Bernardo, que discor-
reu sobre o mercado de medicamentos genéricos, similares e de referência. Ele fez considerações
sobre os mecanismos que norteiam as negociações dos preços de medicamentos, nas empresas
e nos hospitais. Outro tema discutido na reunião foi em relação aos medicamentos de alto
custo, em especial os que causam maior impacto por prescrição.
Residência Médica
Fotos: César Teixeira
Foto: César Teixeira