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retrospectiva

Mais Médicos

À

época

do

anúncio

do

programa, em julho de 2013, a

AMB afirmou em diversas audiên-

cias públicas, para a imprensa e em

reuniões com parlamentares, que

o Mais Médicos estava envolto em

uma nebulosa falta de transparên-

cia, além de trazer consigo uma sé-

rie de inconstitucionalidades. Em

agosto de 2013, a AMB protocolou

o pedido de Ação Direta de Incons-

titucionalidade (ADI) contra o Mais

Médicos. A alegação foi “o exercí-

cio ilegal da medicina em solo bra-

sileiro”, já que autorizava “pessoas

sem avaliação da habilitação técni-

ca a praticar atos médicos no Brasil”.

Em 2015, ao completar dois anos

da implantação do programa Mais

Médicos, a AMB emitiu uma nota

exigindo transparência por parte

do governo. “É preciso defender os

médicos do regime ditatorial que

os cerca, mesmo em solo brasileiro,

não permitindo que sejam vigiados

por membros do governo cubano

(pagos com dinheiro do povo bra-

sileiro) e que sofram pressão para

mandar suas famílias de volta para

Cuba. Assim como todo o povo bra-

sileiro, a AMB aguarda uma expli-

cação clara e verdadeira quanto ao

Mais Médicos, bem como a apre-

sentação de todos os contratos fir-

mados entre a Organização Pan-

-americana de Saúde (Opas) e o

governo brasileiro”, diz um trecho

da nota.

Provab

E

m janeiro de 2015, o Ministé-

rio da Saúde lançou a nova ver-

são do programa Mais Médicos,

incorporando o Programa de Va-

lorização do Profissional da Aten-

ção Básica (Provab). A AMB criticou

o programa, que, na prática, possi-

bilita ao profissional escolher en-

tre ficar três anos no local determi-

nado pelo governo, como acontece

no Mais Médicos, ou ficar um ano

e ganhar 10% de bônus na nota da

prova de residência, características

do Provab. Ao final dos dois progra-

mas, os médicos são considerados

especialistas em saúde da família.

Caixa-Preta da Saúde

O

projeto Caixa-Preta da Saú-

de (CPS), idealizado pela AMB,

apoiado na fase inicial por algu-

mas federadas e sociedades de es-

pecialidade, completou um ano de

vida em 12 de março de 2015, com

3.840​ denúncias válidas recebi-

das. Se contabilizadas as denún-

cias que não se enquadraram na

política de uso do

site

(www.caixa

-

pretadasaude.org.br), esse número

subiria para 4.200 queixas sobre

demora no atendimento, preca-

riedade nos serviços, falta de mé-

dicos, medicamentos, leitos, etc.

A maior parte se refere a serviços

públicos, mas também podem ser

denunciadas instituições particu-

lares. Preocupada com o atendi-

mento da população e com as con-

dições de trabalho dos médicos, a

AMB entregou ao​Ministério Públi-

co Federal (MPF), em Brasília, um

relatório contendo todas as de-

núncias coletadas pelo Caixa-Pre-

ta da Saúde. Na ocasião, o advoga-

do da AMB, Carlos Michaelis Jr., e

o diretor de Assuntos Parlamenta-

res, José Luiz Mestrinho, pediram

ao MPF que desse andamento às

denúncias e apurasse os casos de

negligência do poder público em

prestar os serviços de saúde.

Defesa Profissional

CBHPM

A

Classificação Brasileira Hie-

rarquizada de Procedimentos

Médicos (CBHPM) tem uma nova

edição atualizada e revisada. Entre

Reprodução:www.facebook.com/brunocartunista

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JAMB

NOVEMBRO-DEZEMBRO

2015

/

JANEIRO-FEVEREIRO

2016