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Os médicos, por meio de suas entidades representativas nacio-

nais, tornam pública sua posição contrária ao conteúdo da re-

solução normativa expressa na Consulta Pública 54/2013, pro-

posta pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

A formatação final desta Consulta Pública não contem-

plou ou reproduziu as discussões e demandas sobre a con-

tratualização, levadas à ANS pelos médicos em abril de 2012,

quando se iniciaram as discussões.

A temática proposta não atende ao previsto pela agenda

regulatória da própria ANS para 2013/2014, no que diz res-

peito aos médicos, e não resolve os conflitos entre as opera-

doras e os prestadores médicos na saúde suplementar. Pelo

contrário, essa que foi nomeada “boas práticas”, cria uma

maior interface de problemas.

• Fim da intervenção antiética dos planos

de saúde na autonomia da relação

médico-paciente;

• Readequação da rede credenciada,

de forma a garantir acesso digno aos

pacientes.

Recomendações às entidades:

• Desenvolver ações para a aprovação

dos Projetos de Lei 39/2007 (Senado) e

6.964/2010 (Câmara);

• Que o Conselho Federal deMedicina (CFM)

discuta eventual normativa sobre os aspectos

antiéticos do pagamento por performance;

• Recomendar aos médicos que recusem

contratos que estabeleçam a Câmara

Arbitral;

A ANS foge de seu dever legal de mediar a relação en-

tre os agentes do setor, não produzindo a necessária seguran-

ça jurídica que se daria através de uma real contratualização.

A ANS propõe soluções chamadas de “boas práticas”,

que beneficiarão os planos de saúde, e tenta, nessa proposta

de resolução, impedir o recurso dos médicos à Justiça, direito

fundamental na democracia.

Assim, face ao item 3 da agenda regulatória da ANS, “re-

lacionamento entre operadoras e prestadores”, constatamos a

exclusão dos itens dos prestadores médicos na solução pro-

posta. Portanto, sem a sua incorporação na discussão, ve-

remos editada pela Agência uma norma que, de forma uni-

lateral, não atende aos médicos e não oferece a necessária

segurança ao atendimento final dos nossos pacientes.

São Paulo, 14 de fevereiro de 2014.

CARTA ABERTA À ANS, AOS MÉDICOS E À SOCIEDADE

• Recomendar que submetam às entidades

médicas quaisquer contratos oriundos da

consulta pública 54 da ANS;

• Buscar contatos com movimentos

sociais para esclarecê-los sobre

as dificuldades de acesso à saúde

suplementar, em função das políticas do

Governo Federal e da ANS.

Estratégias:

• Iniciar negociações imediatas com os

planos de saúde;

• Assembleia para avaliação das

negociações na segunda quinzena de

julho;

• Ações que repercutam na pauta dos

médicos durante o período da Copa.

março/abril

2014 •

JAMB

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