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JAMB Cultura 2015; 5-6(35/36):273-280

279

Poesia

Uma licença poética

Manoel de Barros

Quero sentar na curva do rio,

Pegar o vento pelo rabo,

Passear nas asas das borboletas,

E sem luneta

Me esparramar na lua.

Quem disse que sou triste?

Tenho certa dose de loucura!

Sou silêncio de peixe.

Pensamento de passos de formiga.

Galo de briga em teimosia.

Olhar esticado de lagartixa em literatura.

Gata no cio e desejo miam no lado esquerdo do peito.

Deitominhas travessuras no travesseiro de capimgordura.

Chuvas de rimas e versos visitamminhas terras,

Montanhas, colinas e planícies.

Germinam poesia.

Encerram vida.

Roberto Passos do Amaral Pereira

Pediatria

Vitória – ES

Médico

Sorrir por muitas vezes

para não ter de chorar!

Ouvir outras tantas vezes,

sempre saber escutar!

Ceder em certas batalhas

para só no fim vencer,

deixar passar o momento,

para depois convencer!

Sofrer sozinho algum tempo,

pro sofrimento curar!

Conter a dor do momento,

para em seguida chorar!

Dizer sim quando puder,

evitar dizer o não,

amar com todas as palavras

provindas do coração!

Procurar manter silêncio

quando a vontade é gritar,

procurar manter a calma

quando o nervoso chegar!

Estar sempre chegando

quando a vontade é partir,

ser fiel ao juramento,

e a porta do bem abrir!

Nelson Jacintho

Ortopedia e traumatologia

Ribeirão Preto – SP